Friday, January 30, 2009

III ENCONTRO DA ABRACEH + notícias + livro e revista

"Assim diz o senhor...: eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há deus”. (Isaías 44:6)

Em 2009, A ABRACEH estará promovendo o seu III ENCONTRO + notícias + livro e revista:
1) O futuro da ABRACEH, o que fizemos em dezembro e janeiro e o que faremos em fevereiro + site da ABRACEH;
2) Mega evento no feriado do Carnaval;
3) Obama promove a cultura da morte para dominar o mundo - carta do Carlos Grand para “O Globo”;
4) Boicote à Rede Globo – partindo de quem reside na Índia.
INDICAÇÃO DE LIVRO: Violência e Criminalidade Infanto-Juvenil – estratégias para solução e prevenção de conflitos. Dr. Guilherme Zanina Schelb (Procurador da República) - ed do autor, 2007. Livro excelente para todos que trabalham com crianças e adolescentes! Apresenta orientações acerca do abuso e exploração sexuais e investigação de situações suspeitas quanto à criminalidade ligada a drogas, armas, explosivos, envolvendo crianças e adolescentes.
REVISTA: A revista Graça, Show da Fé de Janeiro (ano 10 – nº 114) na matéria “Crianças fora da Rede” contou com a contribuição das observações de Rozangela Justino no III Congresso Mundial para o Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Esta Revista é encontrada nas Igrejas da Graça, assim como o livro: A GRAÇA DE DEUS E O HOMOSSEXUAL QUE MORA AO LADO, que inspirou o III ENCONTRO DA ABRACEH.

A ABRACEH estará promovendo o seu III ENCONTRO nos dias:

10, 11 (das 9 às 19 horas) e 12 ( das 9 às 13h) de abril de 2009
Local: Missão CENA, à R. Gal. Couto de Magalhães, 280, LUZ, São PAULO, SP

TEMA: “OPOR-SE AO MESMO TEMPO QUE ESTENDENDO A MÃO”
(Romanos 12: 2 e Isaías 41:13)

INVESTIMENTO:
Até o dia 31 de janeiro de 2009: R$ 50,00;
Até o dia 28 de fevereiro de 2009: R$ 60,00;
Até o dia 31 de março de 2009: R$ 70,00;
Do dia 1º. de abril até o dia do evento: R$ 80,00

ATENÇÃO:
O valor da inscrição acima lhe dará direito ao almoço nos dias 10, 11 e 12.

Depósito conta ABRACEH: BANCO DO BRASIL: agência 1251-3 c/c 24.611-5

Envie um e-mail para info@abraceh.org.br e abraceh@urbi.com.br dizendo que fez a sua inscrição. Anexe cópia do comprovante de pagamento escaneado ou envie-o pelo endereço terrestre da ABRACEH: Caixa postal 106.075, Niterói, RJ CEP 24.230-970.
Guarde o seu comprovante de depósito e apresente-o no dia do evento, para evitar qualquer dúvida.

Na própria Rua Gal. Couto de Magalhães existem hotéis que poderão servir aos participantes (tais despesas serão por conta de cada participante). Os que tiverem dificuldades de arcar com o custo de hospedagens podemos disponibilizar algumas vagas, para se acamparem, gratuitamente, na Missão CENA, mas somente para os primeiros que se inscreverem, até esgotarem-se as vagas, que são limitadas. Inscreva-se logo! Não perca esta oportunidade!

Estarão presentes os seguintes preletores:

1) Dr. Paulo Fernando Melo da Costa (DF) - advogado, assessor parlamentar, um dos líderes do movimento pró-vida família (www.paulofernando.com.br / www.providafamília.org.br ), compõe a administração da ABRACEH;

2) Claudemiro Soares (DF) – administrador, especialista em políticas públicas, escritor do livro “Homossexualidade Masculina – escolha ou destino?” – este livro trata da atração pelo mesmo sexo e as abordagens terapêuticas para a mudança de orientação sexual – o próprio Claudemiro deixou a homossexualidade e desenvolveu a heterossexualidade – é casado e tem uma filha;

3) Rosemary Jeremias (RJ) – Professora do Seminário Teológico Batista de Niterói, líder da Missão Grupo de Amigos, fundada nos anos 80, no Rio de Janeiro;

4) Zé’ev Hashalom (SP), Professor Universitário, Filósofo e Escritor, denominado: O Cavaleiro da Subjetividade II e A Serviço das Manifestações Anti-Estéticas;

5) João Luis Vieira (RJ) - Técnico especializado em prevenção pelo SENAD, USP, UNSC e trabalha na Clínica Aldeia;

6) Valéria Lemonache (SP), psicóloga e conselheira da Igreja Bola de Neve;

7) Missionários das Missões CENA (SP), JEAME (SP), Grupo de Amigos (RJ), e outras.

OBS: Os participantes das reuniões e eventos da ABRACEH, assinam lista de presença declarando que concordam com as normas da ABRACEH, assim como preenchem a ficha de adesão na categoria de apoiador (simpatizante), além de uma declaração de que está comparecendo aos nossos Encontros, voluntariamente. A participação é restrita a pessoas que tenham no mínimo de 18 anos, portanto, leve a sua identidade!

+ NOTÍCIAS

1) O futuro da ABRACEH, o que fizemos em dezembro e janeiro e o que faremos em fevereiro + site da ABRACEH:
URGE a necessidade de estarmos no Distrito Federal em 2009, para ficarmos mais perto do poder público brasileiro e termos um ministério de apoio na região, mantendo os já existentes em São Paulo e no Rio de Janeiro.

A proximidade dos Deputados, Senadores e Presidente da República, é fundamental para a efetivação da garantia dos nossos direitos. 2009 promete ser um ano de grandes lutas para a igreja brasileira, movimento de apoio ao ser humano e à família, para o povo de Deus, devido às políticas pró-homossexualismo, pró-aborto, pró-cultura da morte impostas ao povo brasileiro. A vitória depende das nossas orações e se você não pode estar em Brasília, a sua contribuição será fundamental tanto para a ABRACEH quanto para a sua presidente Rozangela Justino que se dispõe a estar no DF!

Se você percebe esta necessidade, participe desta missão apoiando a presidente da ABRACEH. As suas constantes ofertas, serão um dos sinais para que este propósito se concretize. Depósitos: Itaú, ag 0720, c/c 34.527-1 ou Caixa Econômica Federal c/p 0175 013 00425559-8

Também necessitamos ampliar o trabalho de apoio em todo o Brasil: da Amazônia ao Rio Grande do Sul há solicitações para o apoio da ABRACEH.

Oremos para que as nossas ações estejam em sintonia com a vontade de Deus e que somente a Sua vontade seja feita. Contamos com as preciosas bênçãos do Senhor JESUS para nós todos!

DEZEMBRO e JANEIRO:

Em dezembro dedicamos grande parte do nosso tempo à resposta dos milhares de e-mail em nossa caixa.

No dia 3 de janeiro, comemoramos o nosso 5º ano de vida, juntamente com a Pra. Ruth, fundadora da ABRACEH, na Igreja Batista Lírio do Vale.

Em janeiro, também nos reunimos com uma das parceiras da ABRACEH, a Comunidade S8. Com a Diretora Elen Fontes tratamos da situação em que se encontra o bairro de Marambaia, onde fica a sede da S8. Marambaia, pertence ao Município de São Gonçalo, totalmente abandonado pelo poder público.

A ABRACEH que se preocupa também com a violência estrutural (promovida pelo próprio Estado) reivindicou à Prefeita e aos Vereadores de São Gonçalo a providência da água, esgoto, coleta de lixo, melhora dos transporte coletivo, passarelas, etc para a população local. Enviamos um e-mail para o Deputado Federal Neilton Mulin pedindo a sua intervenção quanto ao transporte coletivo e aguardamos a resposta dele.

A Vereadora Isa, imediatamente, tomou a iniciativa de ir à Comunidade fazer uma abaixo-assinado para reivindicar o redutor de velocidade em frente ao Supermercado Jovany. Local de grande movimentação onde atravessam milhares de crianças advindas da Escola S8 e da própria prefeitura e de outras escolas.

Vamos ver se os Vereadores e Prefeitura se despertam para as necessidades desta população. A ABRACEH fez a sua parte, dando o pontapé inicial e o povo deverá estar mais próximo dos vereadores e prefeitura, para que cumpram com os seus compromissos para com o povo. Estamos pensando em intervir junto aos Deputados Estaduais, Federais e Senadores do Estado do Rio de Janeiro, para que estas Violências contra o Povo de São Gonçalo deixem de existir.

Entendemos que a partir da violência do Estado, o povo fica vulnerável a várias outras, tais como violências físicas, psicológicas, sexuais, ..., especialmente contra a criança e o adolescentes, pessoas em processo de desenvolvimento em situação constante de risco social/familiar em São Gonçalo.

A situação de Marambaia só não está pior, devido às várias igrejas evangélicas e missões presentes na região, onde o povo sofrido tem a sua esperança voltada para o Senhor Jesus. Em Marambaia há um povo que adora o Deus Vivo! No entanto, ainda ocorrem muitos roubos, assaltos, homicídios, drogas e violências sexuais na região e urge o evangelismo constante para que mais vidas sejam transformadas! Sabemos que o Estado precisa fazer a sua parte para que não seja o maior autor e/ou co-autor de tamanha violência contra este povo sofrido cuja esperança é colocada somente no Senhor JESUS, por parte dos que já O aceitaram como Senhor e Salvador de suas vidas e se preparam para herdar o Reino de Deus!

FEVEREIRO:

Em fevereiro, a ABRACEH estará nas Jornadas Evangélicas em Defesa da Vida e da Família coordenadas pelo FENASP - Forum Evangélico de Ação Social e Política, em Recife-PE e João Pessoa-PE.

Também estaremos com um stand no XI Encontro da VINACC e conversaremos com 3 pessoas que deixaram a homossexualidade. Rozangela Justino também estará participando de um painel sobre Políticas Públicas e Estratégias da Nova Ordem Mundial para o Controle de População, discursando sobre o tema: A MULHER, O ABORTO e o CONTROLE DE POPULAÇÃO. Recebemos a doação de 200 fetos de gesso + folhetos + DVDs sobre o aborto para levarmos para Campina Grande. Que Deus abençoe ricamente a estes irmãos que já fizeram algumas doações no ano passado, para o X ENCONTRO DA VINACC, mas preferem o anonimato!

Estaremos em São Paulo, no dia 14 de fevereiro, das 14 às 18 horas, na Missão CENA para reiniciarmos o trabalho de apoio nesta cidade. Estamos com saudades do povo de São Paulo, onde em abril realizaremos o nosso III ENCONTRO! Se você ainda não reservou a sua vaga no III ENCONTRO DA ABRACEH faça-o já! Não perca esta oportunidade!

Visite sempre o site da ABRACEH: www.abraceh.org.br , pois estamos procurando atualizar as notícias e também postando as mensagens no blog da ABRACEH: HTTP://abraceh.blogspot.com , pois ainda não temos recursos para manter as mensagens antigas no site, por ainda dependermos de trabalho voluntário.

Invista neste ministério! Seja um apoiador contribuinte: Depósito conta ABRACEH: BANCO DO BRASIL: agência 1251-3 c/c 24.611-5

2) MEGA EVENTO NO FERIADO DO CARNAVAL:

Participe juntamente com a sua família do maior evento cristão brasileiro, em toda a América Latina, neste feriado de Carnaval e gratuito! Somente passagem, hospedagem e alimentação será por conta de cada participante.


Palestras, debates, louvores, para toda a família, incluindo crianças e adolescentes

Do dia 18 a 24 de fevereiro o Encontro terá mais de trinta palestrantes, entre pregadores, pesquisadores e professores, de renome nacional e internacional, que participarão de seminários, palestras, workshops e painel – num total de cerca de 90 participações. Também serão realizados 19 eventos paralelos com temas voltados para: família, juventude, louvor, intercessão, teologia, a filosofia, cidadania, missiologia, sexualidade, ética, liderança e a defesa da fé cristã, além da Ação Social e Cidadania com Cristo, que oferecerá atendimentos gratuitos à comunidade carente da cidade.
Os encontros da VINACC proporcionam uma reflexão social, filosófica, bíblica e teológica sobre as grandes questões que desafiam a humanidade neste terceiro milênio, numa perspectiva de exaltar a pessoa de Jesus Cristo, edificar a Igreja, defender a Fé cristã e promover a proclamação do evangelho.

Maiores detalhes:

http://www.conscienciacrista.org.br

Clamamos a todos que possam estar orando ao Deus Todo Poderoso, para que esteja suprindo todas as necessidades do evento!

Nos encontraremos lá!

3) OBAMA PROMOVE A CULTURA DA MORTE:

Para facilitar o domínio dos EUA sob os demais países , Obama mostra a sua fome e sede de poder político e econômico ...

Obama financia grupos pró-aborto no mundo!
......

Sim, o povo pode mudar. Reflexões sobre o abortamento.
Por Carlos Grand [cgrand@ajato.com.br]
Enviado para “O Globo”

Nos Estados Unidos, a Suprema Corte americana, no caso DRED SCOTT x SANDFORD, em *1857*, defendeu a escravidão e o direito de matar o escravo negro, à luz dos seguintes argumentos:

1) o negro não é uma pessoa humana e pertence ao seu dono;

2) não é pessoa perante a lei, mesmo que seja tido por ser humano;

3) só adquire personalidade perante a lei ao nascer, não havendo qualquer preocupação com sua vida;

4) quem julgar a escravidão um mal não tenha escravos, mas não deve impor essa maneira de pensar aos outros, pois a escravidão é legal;

5) o homem tem o direito de fazer o que quiser com o que lhe pertence, inclusive como o escravo;

6) a escravidão é melhor, do que deixar o negro enfrentar o mundo.

Em *1973*, portanto 116 anos após a sentença citada anteriormente, no caso ROE & WAE, os argumentos utilizados naquele país para a realização do abortamento, foram os seguintes:

1) o nascituro não é pessoa, e pertence à sua mãe;

2) não é pessoa perante a lei, mesmo que seja tido por ser humano;

3) só adquire personalidade ao nascer;

4) quem julgar o aborto mau, não o faça, mas não deve impor essa maneira de pensar aos outros;

5) toda mulher tem o direito de fazer o que quiser como seu corpo;

6) é melhor o aborto do que deixar uma criança mal formada enfrentar a vida.

Hoje, 24 de janeiro de 2009, 152 anos depois, o da pena de morte do escravo, no caso Dred Scott, os jornais publicam uma decisão do presidente americano recém eleito Barak Obama, anulando uma decisão anterior que proibia o uso de recursos para subvencionar grupos que pratiquem ou ajudem a prática do abortamento. Justifica Obama tal decisão, baseado em princípio que levou a Suprema Corte daquele país a abolir leis antiaborto em 1973 como no caso ROE & WAE, citado anteriormente.

Embora tenhamos toda simpatia pelo novo presidente, lamentamos tal decisão com espanto e horror pois impressiona a semelhança dos fundamentos usados pela Suprema Corte estadunidense para decidir os casos citados. Como serão interpretados os julgados sobre aborto daqui a um século?

Somos de opinião que a audácia da esperança invocada na brilhante campanha do novo presidente deva ser manifesta com audácia de realizar imediatas mudanças na mais alta corte americana. Sim, o povo pode mudar.

Carlos Grand
por uma cidadania ativa

4) BOICOTE À REDE GLOBO:
"… porque os caminhos do Senhor são retos, e os justos andarão neles …" Os. 14:9
Por Shakti, divulgado pelo Dr. Jairo Rocha.
Ainda me recordo quando estava no Brasil me preparando para ir à Índia a quantidade de livros e artigos na internet que tive de estudar para não ser tão ignorante da vasta cultura que teria de enfrentar pela frente. Percebi que por onde ia, dificilmente encontrava alguém que pudesse me adicionar algum conhecimento prático do que realmente é a Índia. E ainda hoje para a maioria de nós brasileiros este sub-continente é um mistério cercado de lendas e mitos.
Quando cheguei a Índia, verifiquei que todo meu conhecimento vindo dos livros e horas na frente de um computador pouco me ajudaram. E hoje depois de quase 4 anos neste país continuo um aprendiz, e cada vez mais me convenço que poderei viver aqui por décadas e não compreenderei toda esta diversidade que me cerca..
Nos últimos meses tenho recebido e-mails e até mesmo ligações de pessoas de várias partes do Brasil empolgadas me contando da novela que a globo lançará com uma estória baseada na Índia, com o título "Caminhos da Índia". Comecei investigar qual seria a trama da novela e quais seriam os pontos de exploração usados.
Não para minha surpresa descobri que será uma novela totalmente voltada para a divulgação do hinduísmo no Brasil. Para quem não sabe, grande parte da população da Índia é hindu. O hinduísmo é uma religião politeísta com seus mais de 33 milhões de deuses, que são adorados das mais diversas maneiras.
Quando o telespectador brasileiro ligar sua televisão para ver essa novela, estará abrindo as portas de seu lar, sua mente e coração para receber toda a influência do culto e adoração dado a estes deuses e seus mantras, rituais, sacrifícios e oferendas.
Obviamente não posso escrever esta carta de uma maneira convincente a todos os telespectadores brasileiros, pois cada um acredita no que quer e ver e recebe o que bem entende.
Mas de uma forma bem específica posso alertar que nós os cristãos comprometidos podemos facilmente fazer com que essa novela seja um fracasso. O que não seria fazer passeatas, abaixo assinado, greve de fome, etc... Isso sinceramente não resolve nada. A forma mais simples e eficaz seria primeiramente e principalmente sermos sinceros e sensatos e não assistirmos essa novela. Não conectarmos nossos televisores a este canal no momento em que estiver no ar este proselitismo explícito da religião hindu em nossos lares. Não podemos compactuar com esta maldição que está prestes a invadir nossas casas.
Não é hora de sermos hipócritas! Os evangélicos brasileiros são noveleiros SIM!!! Fiz questão de não trazer estatísticas para provar o que estou falando. No fundo sabemos que o povo evangélico é um dos grandes responsáveis pelo sucesso que as novelas "globais" e não "globais" fazem no país. Por que nós somos um dos principais consumidores desse lixo que é vendido em nossos televisores 6 vezes por semana.
Somos mais de 35 milhões de evangélicos no país, se contarmos que somente 10% deste número seja noveleiro ( o que acredito ser muito mais) e aderirem ao boicote, serão mais de 3 milhões e 500 mil pessoas que não assistirão esta novela e farão que ela seja um fiasco de audiência.
Conclamo vocês meus irmãos a não compactuarem com isso. Não sejam responsáveis por tamanho mal a nossa nação, não seja um patrocinador da obra de satanás. Essa novela não pode trazer nenhum benefício para sua vida, pelo contrário estará contaminando o ambiente familiar de sua casa com mensagens demoníacas e tão pouco servirá como uma fonte de conhecimento de outra cultura. Não veja essa novela, faça que ela seja um fracasso e saia do ar. Nós temos a força, só basta fazermos nossa parte.
Repasse para todos os seus contatos cristãos. Unidos podemos.
Que o Senhor os dê graça e sabedoria.
Shakti.
"Assim diz o senhor...: eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há deus”. (Isaías 44:6)
HOLANDA - Update Narth - Associação Americana de Pesquisa e Terapia da Homossexualidade

NARTH Update January 15, 2009


Notícias da Holanda


Discreto subsídio do Estado:

Uma primeiro e relutante sinal do reconhecimento oficial holandês da mudança de orientação
Organizações protestantes ajudam pessoas com problemas homossexuais

Gerard J.M. van den Aardweg, Ph.D.

Uma andorinha só não faz verão. Porém, os subsídios recentemente concedidos a duas organizações protestantes de aconselhamento a homossexuais, que não se baseiam na aceitação do estilo de vida homossexual, e que de alguma forma mostram a possibilidade da mudança, por Ronald Plasterk, (socialista) Ministro Holandês da Educação, Cultura e Ciência, pode ser vista como a primeira andorinha a ter reconhecimento. A decisão de distribuir um total de 50.000 euros a um grupo evangélico ("Onze Weg", " Nosso Caminho") e 85.000 para um grupo alemão reformado ("Anders", " Outro Modo") por três anos, parece um gesto relutante de reconhecimento oficial ao direito de existência de organizações que não compartilham a ideologia gay. Apesar de ser um pequeno gesto, essa decisão é, contudo, um fato positivo, em vista da realidade de a doutrina gay emancipatória usufruir de um quase monopólio no governo holandês, na avassaladora maioria dos partidos políticos, na mídia e nas comunidades eclesiásticas por pelo menos 20 anos, além dos subsídios federais e municipais irem abundantemente em mão única, para o grupo ativista gay COC.

Mas a sua significância não pode ser exagerada, pois a razão principal do subsídio é um compromisso político, uma concessão ao pequeno partido União Cristã (UC) por participar na coalisão dominante. Assim, é incerto o que acontecerá em uma coalisão futura sem o UC. De todo modo, o singelo subsídio não pode ser visto como uma mudança substancial de curso na política oficial quanto aos direitos dos homossexuais e ao 'casamento gay', tendendo a uma implementação menos rígida, mais liberal, do apoio governamental à doutrina gay, e isso é vantagem. O Ministro da Educação com certeza endossa o princípio da igualdade de direitos segundo a interpretação do movimento gay. Para mostrar sua ortodoxia política, ele participou expansivamente da 'parada gay' em Amsterdam, passeando pelos canais na companhia do também mente aberta Prefeito da cidade, Jacob Cohen, em um dos barcos cheio de gays exibicionistas e 'divertidos'. Uma manifestação pueril, que não melhora a imagem pública dessas autoridades participantes, e que aumenta o número de pessoas comuns que desdenham disso.

Por outro lado, Mr. Plasterk não parece insensível aos argumentos dos que pleiteam o direito dos cristãos com atração pelo mesmo sexo de sair das relações homossexuais e entrar por um caminho de mudança, e de serem aconselhados de acordo com a suas escolhas. Ele pareceu benevolente com os representantes dos grupos subsidiados que deixaram a homossexualidade e talvez um pouco surpreso por ouvir, pela primeira vez em sua vida, um deles contar sua história pessoal de profunda mudança; pois, em geral, relatos de mudança são descartados de antemão porque prevalece a máxima 'nasci deste jeito', assim, a falta de conhecimento é a regra. De qualquer jeito, o Ministro tem algumas reservas com relação às atitudes hegemônicas do alardeado grupo ativista COC, que age como se pudesse ditar a infalível doutrina homossexual e falar para todas as pessoas com inclinação pelo mesmo sexo ( Não estimulou a modéstia deles receberam o título de 'real', a poucas décadas atrás). Com certeza, os subsídios de Plasterk deixaram o COC muito aborrecido, mas o ministro argumenta que seu objetivo é precisamente promover a emancipação homossexual dentro do protestantismo ortodoxo (homofóbico), e que essas organizações fazem um trabalho muito útil no 'debate' da homossexualidade.

Uma observação política, mas que não é de todo infundada. Na proporção que, de um lado, a homossexualidade tem se tornado um assunto mais aberto nos círculos protestantes, por outro lado as experiências com ministérios cristãos não preenchem as expectativas otimistas do princípio de grandes porcentagens de 'curas' - mudança, mudança radical, ocorre, mas em muitos casos é relativa. A desconfiança geral quanto aos ministérios dirigidos à mudança cresceram juntamente com a tolerância por parcerias homossexuais 'legítimas'. Isso acontece com certeza porque a mentalidade entre os jovens teólogos ortodoxos Calvinistas a esse respeito mudou consideravelmente, o que se reflete nos vários ministérios individuais (Diferenças do tipo: nas palavras de um pastor Calvinista pelos anos de 1800:" A Holanda tem tantas seitas quanto tem mosquitos nas noites de verão). O comportamento homossexual certamente não é encorajado, mas, por muito ser deixado para a 'consciência' do indivíduo ou para a sua relação subjetiva com Deus, isso nem sempre leva a uma rejeição do relacionamento homossexual, deixado somente aos esforços consistentes de alcançar a mudança mais favorável.

Finalmente, os subsídios são (livremente) condicionados à natureza não-terapêutica das atividades das organizações beneficiadas. De fato, nenhuma delas se apresentou como grupo terapêutico; uma até expressou pouca credibilidade nas possibilidades terapêuticas. Nem o grupo pioneiro fundado há 25 anos por Johan van der Sluis (nascido em 38), tendo ele mesmo superado a atração pelo mesmo sexo nos anos 70 e até hoje dando um testemunho consistente sobre ela. O grupo não conduz terapias, mas propaga a imoralidade do comportamento homossexual ,enquanto encoraja tentativas de resistir e argumentar essas grandes melhoras e afirmar que em um número de casos a mudança profunda é possível. Eles respaldam grupos de apoio e divulgam informações (livros, sites) com os assuntos acima.

Assim como para o COC, os seus dias de glória passaram. O ativismo gay holandês agora tem tudo o que queria: direitos legais, até super direitos de compensação por prováveis discriminações no passado e um tipo de condição de vítima privilegiada. Então, eles não têm mais exigências? Claro que têm, mas suas lamentações sobre discriminação começam a soar mais maquinadas e alienadas. No momento, por exemplo, dezembro, o COC quer promover a intalação de presépios de Natal com duas 'Maria' ou dois 'Josés', pois o tradicional Maria e José seria muito doloroso para casais gay. A imagem das organizaçõs oficiais gays também sofrem escândalos financeiros: fraude cometida pelo lider dos Jogos gays, dois anos atrás, e agora o COC tem que vender seu escritório central em Amsterdam por causa de mal gerenciamento financeiro ( o COC tem centros em praticamente todas as cidades holandesas). Acrescente-se a isso que o crescimento rápido da população muçulmana na Holanda, especialmente nas grandes cidades, é fortemente anti-gay, tanto os mais velhos quanto os mais jovens; é uma questão de tempo para que isso tenha seus efeitos políticos. A situação na Holanda progressiva é mais ou menos assim: a ideologia do ativismo gay é solidamente enraizada no governo e na mídia, mas se olharmos um pouco abaixo da superfície, há rachaduras na terra.

www.narth.com
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Tráfico de órgãos é uma realidade comprovada no Brasil e no exterior

27/01/2009

A Revista Newsweek de 19 de janeiro corrente, reproduzida após estes comentários, traz mais uma reportagem sobre tráfico de órgãos.

Poucas pessoas sabem destes fatos porque a mídia brasileira recusou-se a divulgá-los para não comprometer os interesses dos lucros que gravitam em torno do sistema transplantador no Brasil: no ano de 2004, houve a realização de uma CPI do Tráfico de Órgãos que comprovou a existência deste tráfico dentro de hospitais brasileiros, retirando por completo o rótulo de “lenda urbana” sobre este assunto. Mais: esta CPI, com a qual colaboramos, não constatou apenas a venda de um dos órgãos vitais duplos de pessoas que continuavam vivendo, mas o homicídio de crianças e jovens para a retirada de todos os seus órgãos. No decorrer destes acontecimentos, inclusive, o administrador de um hospital em Minas Gerais onde havia caso de tráfico conseguiu praticar “suicídio” com dois tiros na cabeça. A versão do suicídio com dois tiros foi aceita pelas autoridades e a razão pela qual ele morreu não foi investigada.

Foi constatado que o Brasil está entre os cinco países onde há maior incidência do tráfico de órgãos, junto com países como China e India.

Estes dados já eram denunciados pela antropóloga Nancy Scheper-Hughes da ONG http://sunsite.berkeley.edu/biotech/organswatch/

No espaço http://biodireitomedicina.wordpress.com/ disponibilizaremos todas as atas desta CPI. Na coluna à direita daquele site pode ser consultada a categoria de links em “Tráfico de Órgãos”.



A Resolução 1752/2004 do CFM [1], quando “autorizou” os médicos a retirarem os órgãos dos anencéfalos para transplantes, procurou “oficializar” esta prática em um universo de pessoas (anencéfalas) altamente vulneráveis.

Esta Resolução do CFM tem um conteúdo homicida, pois causar a morte do anencéfalo encontra tipificação no artigo 121 do Código Penal.

Antes da reportagem da Revista Newsweek de 19 de jan. colocamos links relacionados com este assunto [2].

[1]
http://biodireitomedicina.wordpress.com/2008/12/29/anencefalia-morte-encefalica-e-o-conselho-federal-de-medicina/
[2] http://biodireitomedicina.wordpress.com/2009/01/05/transplantes-revista-dos-anestesistas-recomenda-em-editorial-realizacao-de-anestesia-geral-nos-doadores-para-que-nao-sintam-dor-durante-a-retirada-de-seus-orgaos-se-estao-mortos-para-que-a-recomend/ Celso Galli Coimbra
- OABRS 11352Link para esta página e para a reportagem da
Revista Newsweek:http://biodireitomedicina.wordpress.com/2009/01/27/trafico-de-org…vada-no-brasiltrafico-de-orgaos-e-uma-realidade-comprovada-no-brasil/__._,_.___ .
ABORTO NO PARAÍSO TERRESTRE

Ogeni Luiz Dal Cin*

Reduzido o ser humano a “produtor” e “consumidor”, segundo as exigências do “sistema econômico-financeiro”, a produção representa o princípio da realidade e o consumo, o princípio do prazer. Todo o bem consiste em não perder de vista que viver é produzir e consumir, podendo, esse binômio, ser traduzido juridicamente em deveres (e obrigações) e direitos. Assim, a única e verdadeira crise é a crise de ordem econômico-financeira, a crise ontológica por excelência, pois as demais, apenas epifenomênicas, atingem somente valores que são meros sentimentos subjetivos, de ordem cultural ou religiosa, pouco importando na efetiva conquista do bem-estar.

Neste contexto existencial, perde o sentido maior a discussão a respeito do valor da vida humana como bem ontológico de todos. Com efeito, o sistema internacional, acima do bem e do mal, controla o planeta Terra com a finalidade de propiciar o máximo de produção e de consumo. Ele é o senhor que financia os meios e impõe limitações ao direito de existir de certos seres humanos, sob o sofisma de que é para o bem de todos. Por isso, tem o direito de controlar, livremente e sem constrangimento, o consumo de todos os seres humanos, estabelecendo os que devem ser descartados, antes ou depois de nascer. Nada nem nunca houve algo de tão típico da chamada “consciência burguesa”, hoje também uma das mais altas bandeiras das esquerdas, “filhotas” do marxismo.

Os “abortistas” têm verdadeira ojeriza ao livro da Bíblia, principalmente à concepção de Deus pessoal, Deus da vida, e pela transcendência do paraíso prometido a todos enquanto conquistado na efetiva ação histórica concreta de promoção de toda vida humana. Em nome do empenho de conquistar o paraíso terrestre, sinônimo da felicidade individual e coletiva, fechado exclusivamente no tempo e só para o tempo, os “abortistas” seguem, pregam e impõem a “religião atéia” dos que comandam o “Sistema da Terra”. Apresentam, por isso, como inevitável e normal a doutrina que autoriza a matar os nascituros indesejados, podendo, contudo, chegar aos nascidos improdutivos. Tudo como exigência inquestionável da “Mãe-Terra” que condiciona, assim, a entrada na habitação do paraíso terrestre, sem culpa, sem dor, sem miséria, manifestando o grande poder representado pelos senhores da morte, quer no Brasil, quer no exterior. Esta, a nova consciência humana a ser pregada e difundida pelos “abortistas”. Mesmo não sendo explícita, no início, a ordem é a de cortar qualquer ligação com Deus transcendente, com a consciência moral natural que daí decorre, para relativizar todos os valores fundamentais insertos na ordem jurídica. É que o direito à vida, em última instância, acabará, logicamente, a se reduzir, para os “abortistas”, a uma questão meramente religiosa, isto é, de uma religião de teísmo transcendente, já que a defesa última dos que propugnam pelo aborto, a rigor, também é religiosa em seus pressupostos ontológicos e em sua pregação salvífica. Esta a maior irracionalidade da pretensa racionalidade dos “abortistas”.

O aborto é um sofisma. Não é o direito à vida inerente ao valor do ser humano. Para os “abortistas”, o direito à vida, fora do binômio produtor/consumidor – que por si é garantia de vida -, reduz-se às ligações afetivas entre as pessoas, donde nasce a dor da perda, a única que subjetivamente importa. Assim, o nascituro ainda não é conhecido para possibilitar ligações afetivas mais completas e complexas, tornando menos aguda a sua destruição e destinação para o lixo. A mãe, aconselhada e induzida a matar seu filho nascituro por agentes especializados, e que, com isso, decide pelo abortamento, não verá nada. E, no entanto, ainda que este não deixe vestígio algum de que existia de fato, que era alguém, um ser humano, esta mãe dificilmente conseguirá livrar-se da culpa. Se o nascituro sofre ao ser assassinado, pouco importa, pois ninguém vê sua dor e seu instinto de viver, porque tudo é feito por um profissional da morte a serviço do sistema envolvente – e as ligações afetivas ainda não são tão profundas e amplas. Além disso, outros profissionais da morte se encarregam da limpeza psicológica na mãe e familiares. Tudo no mais absoluto silêncio, na maquinação sigilosa entre quatro paredes, bem longe da mídia. E o Governo brasileiro, como já se manifestou favorável ao direito de matar crianças não nascidas, não só endossa esse modelo de sociedade, mas promete recursos financeiros necessários para as mães executarem seus filhos nascituros, mesmo não existindo, atualmente, verbas para atender a um padrão mínimo da saúde. Espera apenas a autorização legislativa.

Tudo isso porque o direito à vida não é mais um direito do ser, mas é apenas o conjunto das ligações afetivas do ser com a mãe, com seus familiares e seus amigos. Um bom apagador, químico ou psíquico, das ligações afetivas resolve o problema da vida e da morte, viabilizando definitivamente o paraíso terrestre movido pelo impulso do Sistema da Produção e do Consumo, não mais existindo, então, pobres, culpa, dor, angústia, pois nem Deus será mais necessário. E, finalmente, ninguém mais ousará discutir a necessidade da prática do aborto, pois tudo estará sob os olhares bondosos do Estado provedor da felicidade.

* Ogeni Dal Cin é advogado e filósofo, Membro da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB-SP.

Autorizada ampla divulgação

Wednesday, January 21, 2009

CHINA LIBERA MÃE GRÁVIDA - PROTESTO INTERNACIONAL

Prezado Amigo:

Mensagem ao presidente eleito Obama: Não restitua o financiamento ao Fundo de População da Nações Unidas. A Agência de Controle Populacional das Nações Unidas esteve cruzada de braços enquanto a uma jovem mãe na China a queriam fazer abortar contra sua vontade. É o cúmulo que UNFPA esteja divulgando que está orientando ao governo chinês para um “programa centrado no cliente.”

Steven W. Mosher
Presidente

Steven MosherUma jovem mãe grávida de seu terceiro menino foi liberada depois de escapar por pouco a um aborto forçado das mãos de autoridades chinesas, tal como o informou a Rádio Free Ásia - RFA (Radio Ásia Livre). Arzigul Tursun, grávida de 6 meses, tinha sido programada para o dia de hoje para receber uma injeção letal que teria provocado a morte de seu menino por nascer, segundo o Projeto de Direitos humanos de Uyghuyr.

Mas bem, lhe permitiu retornar a seu lar ilesa, ao menos por agora, já que o caso atraiu a atenção internacional e a indignação geral. Em uma entrevista com a RFA, Tursun disse, “Estou bem e agora me encontro em meu lar.”

A jovem mãe, que é membro de uma minoria turca chamada os Uyghurs, tinha sido programada para um aborto porque as autoridades lhe haviam dito que ela tinha violado as políticas de controle populacional da China, concebendo ao terceiro menino. Às mulheres das minorias na China, geralmente, se lhes permite ter dois meninos antes de ser esterilizadas.

Um indulto de último minuto fez que Tursun, pela terceira vez, tenha salvado a vida de seu menino com as justas. As duas vezes anteriores, tinha sido capturada pela polícia de controle populacional da China e enviada ao hospital sob custódia. Essas duas vezes tinha conseguido se virar para escapar e recuperar sua liberdade.

Seu marido narrou a RFA que a última vez que ela fugiu, os oficiais locais tinham ameaçado confiscar a sua casa, colheitas e campos se ele não lhes revelava a localização de sua esposa. É prática usual da polícia de controle populacional da China destruir lares e confiscar propriedades daqueles que se recusam a cumprir suas ordens de realizar abortos. Pouco tempo depois, a polícia localizou a Tursun no lar de um parente onde se escondeu e imediatamente a detiveram.

Entre os que publicamente condenaram as ações do governo chinês e exigiram a liberdade de Tursun, estiveram os congressistas dos Estados Unidos, Chris Smith e Joe Pitts. Smith remarcou, “Na verdade, o governo chinês obrigará a abortar um menino em seu terceiro trimestre, apesar de que os esforços desesperados da mãe por salvá-lo-se converteram em uma notícia mundial?

O Fundo populacional das Nações Unidas que esteve apoiando ativamente a política de um só menino na China por muitos anos, esteve notoriamente silente. Apesar das contínuas perseguições a muitas mulheres, como Arzigul Tursun, UNFPA continua apoiando à agência chinesa que está a cargo de fazer cumprir esta política opressiva de limitar a natalidade. O que é pior, os contribuintes dos Estados Unidos sob o mandato do presidente eleito Obama, muito em breve poderiam voltar a financiar a UNFPA sem que exista nenhuma mudança em seu comportamento.

No passado, o governo norte-americano negou recursos à agência das Nações Unidas por ser cúmplice no programa de controle populacional forçado da China. Uma investigação do Population Research Institute de 2001 na China registrou que os abortos forçados, esterilizações forçadas e outros abusos estavam acontecendo nesse país com o conhecimento prévio e consentimento implícito de UNFPA. Como resultado, a agência das Nações Unidas perdeu ao redor de US$ 240 milhões. Durante esses anos, o presidente Bush apelou anualmente à Emenda Kemp-Kasten pois esta nega o financiamento a qualquer organização que apóie ou participe de programas que realizem abortos forçados ou esterilizações involuntárias.

A última resolução do Departamento de Estado que determinou que UNFPA não está apta para receber financiamento devido à Emenda Kemp-Karsten que foi emitida em Junho de 2008. Apesar disso e segundo a congressista Carolyn Maloney (D-NY), o presidente eleito Barack Obama tem a intenção de canalizar milhões de dólares para UNFPA, sem lhe importar a colaboração com o programa de controle populacional chinês. De fato, durante a campanha eleitoral do atual presidente eleito Obama prometeu restituir o financiamento federal a UNFPA e este compromisso também está contido na plataforma do Partido Democrata de 2008.

UNFPA nega que suas atividades na China apóiem as práticas de controle populacional forçado. Pelo contrário, declara que está “estruturada para demonstrar que a vontade livre e o consentimento informado são a chave para o êxito dos programas de planejamento familiar,” com o propósito de reduzir o número de gravidezes não planejadas e abortos. Também afirma que eliminou a coação em certos lugares da China.

Entretanto, isto não convenceria a Arzigul Tursun. UNFPA esteve operando na China desde 1979(!) e a brutalidade dos controladores da população a China continua a ritmo acelerado.

Quanto a Arzigul Tursun e seu menino não nascido, o governo chinês duvidou por agora. Mas não, estarão livres de represálias. Ainda se a Tursun lhe permite continuar com sua gravidez, existe o risco de que seu bebê seja assassinado com uma injeção letal ao momento de seu nascimento. Um fato comum na China. Além disso, é virtualmente seguro que ela mesma será esterilizada nesse momento.

Se Obama restituir o financiamento a UNFPA, sua administração estará financiando tragédias como estas de maneira cúmplice com dezenas de milhões de dólares dos contribuintes. Tanto o povo norte-americano como o chinês merecem algo melhor.


Steven W. Mosher é o Presidente do Population Research Institute e o autor do Population Controle: Real Costs and Illusory Benefits

Steve Mosher é Presidente do Population Research Institute, uma organização sem fins lucrativos dedicada a desfazer a mentira da superpopulação no mundo.
(c) 2007 Population Research Institute.
Permissão para reprodução concedida. Redistribuição de forma estendida. Os créditos são necessários.

Para inscrever-se na versão em português do Boletim Semanal envie um email para:

boletin@lapop.org

Nada do que foi escrito aqui deve ser interpretado como uma tentativa de ajudar ou dificultar a aprovação de projetos de lei no Congresso.

O Population Research Institute dedica-se a acabar com os abusos contra os direitos humanos cometidos em nome do planejamento familiar e acabar com os contrários paradigmas sociais e econômicos derivados da mentira da "superpopulação".

Na América Latina pode-se entrar em contato com:

Carlos Polo Samaniego
Diretor do Escritório para a América Latina
E-mail: carlospolo@lapop.org
Telefone: (511) 719-6147

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Tuesday, January 20, 2009

Projeto - 19/01/2009 15h57
Projeto determina perda de bens usados em exploração sexual

A Câmara analisa o Projeto de Lei 4402/08, do Senado, que determina a perda de valores ou bens utilizados na exploração sexual de crianças e adolescentes. Segundo a proposta, os valores serão revertidos em benefício do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente do estado onde ocorrer o crime.

O projeto altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei 8.069/90), que atualmente prevê a cassação da licença de funcionamento do estabelecimento utilizado na exploração ou prostituição de menores de idade, além de pena de reclusão de quatro a dez anos e multa para o infrator.

Continuidade do crime
O autor da proposta, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), condena o fato de o aliciador de crianças e adolescentes dispor de seus bens na prisão, caso seja preso, e fora dela.

A manutenção do patrimônio, na avaliação do parlamentar, permite a continuidade do crime. "Flagrado, o criminoso escapa por alguma filigrana jurídica. De volta às ruas, recebe os automóveis, os imóveis e o dinheiro que havia auferido e continua a explorar a prostituição", afirma.

"A reprovação à barbárie tem de alcançar o bolso dos criminosos. Ao observarem que os autores desse delito estão sendo pegos e ficando sem o patrimônio, os demais exploradores podem abandonar a prática e quem tiver a intenção de entrar para o crime se confrontará com a possibilidade da reprimenda econômica aliada aos efeitos penais", complementa.

Sequelas
Segundo o senador, a reversão dos bens apreendidos em favor do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente permitirá custear em parte a reparação dos danos provocados à criança ou ao adolescente explorado.

Demóstenes Torres lembra que as vítimas, mesmo após o fim da exploração, continuam a sofrer as sequelas do crime. "São também efeitos [da exploração] as doenças, notadamente as sexualmente transmissíveis, a gravidez e as violências comum e doméstica."

Para ele, "não é exagero afirmar que a maioria [das vítimas] acaba viciada em drogas lícitas, como bebidas alcoólicas e cigarro, e ilícitas". O fundo, continua, auxiliará no tratamento desses males, que é caro e deve ser ininterrupto. Além disso, poderá ser empregado em campanhas contra a exploração sexual de menores.

Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:
- PL-4402/2008

Notícias anteriores:
Proposta amplia cerco à violência contra crianças
Declaração pede pacto de combate à violência sexual contra criança
Parlamentares querem mais rigor no combate à pedofilia na internet
Lula sanciona em congresso lei aprovada na Câmara contra pedofilia
Congresso Nacional enfrenta a pedofilia em diversas frentes

Reportagem - Noéli Nobre
Edição - Newton Araújo

(Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara')

Agência Câmara
Tel. (61) 3216.1851/3216.1852
Fax. (61) 3216.1856
E-mail:agencia@camara.gov.br

Monday, January 19, 2009

A CPI da Exploração Sexual Infanto-Juvenil

Por Carlos Bordalo
Carlos Bordalo
O crime de pedofilia é dos mais hediondos cometidos contra dignidade e a vida da pessoa. Ele interrompe o desenvolvimento humano e marca a vítima para sempre. Mesmo que condenado, o crime deixa a vítima acometida pelo roubo de sua personalidade em desenvolvimento e, consequentemente, condena à mesma sombra a vítima e o molestador.

A pedofilia possui, também, a dimensão de crime contra a humanidade, na medida em que, simbolicamente, violenta a criança - arquétipo da gênese do ser-humano - aquilo pelo qual tiveram que ser os chefes de Estado, chanceleres, juízes, mega-milionários, médicos, antes de serem o que são.

Para os mais crentes, o nascimento de crianças representa a esperança divina na humanidade. Pois que a pedofilia é o atentado a essa esperança. Fruto podre dos escaninhos mais sombrios da psicologia individual, ela encontra sua versão de mercado na exploração sexual infanto-juvenil. Exploração, porque crianças e adolescentes não se prostituem voluntariamente. Há dois séculos, dois alemães disseram que o lado positivo do advento do capitalismo era justamente esse "efeito Midas" do capital, de converter tudo que toca em mercadoria.

Quase um século depois, um sábio russo constatou que a tomada do mundo pelo capitalismo significava não apenas a moderna produção, tecnologia informacional, liberdade artística e profissional, mas se imbricava, tornando mercadoria, também os aspectos mais atrasados das sociedades tornadas capitalistas, juntando progresso e atraso literalmente na "mesma moeda". Não é à toa que as redes de tráfico internacional de mulheres, de prostituição, de escravidão sexual apontam do Sul para o Norte.

É disso que se trata o conteúdo das denúncias do bispo do Marajó, Luis Azcona. Na dimensão individual, somos apresentados a um tipo de gente que encontra realização sexual em meninas de 9, 12, 13, 14 anos. Uma escabrosidade. Na dimensão social, nos deparamos com médicos, autoridades públicas e empresários que enriquecem através deste "assassinato", lucrando com a sombra a que condenam essas crianças, portadores do dinheiro dos sombrios escaninhos da psicologia humana.

Pessoas com status social, bom nível de vida, acesso à educação formal. Pessoas que refletem o desenvolvimento desigual e combinado também da moral moderna que, infelizmente, mercantilizada, não forma apenas PHDs e prêmios Nobel pelo que possibilita em termos de desenvolvimento humano. Forma também, paradoxalmente, "doutores" que gostam de abusar de crianças.

Somos obrigados a pensar em nossos filhos, netos, sobrinhos não apenas na perspectiva que gostaríamos, mas nesta que se impõe sobre essas meninas. Crianças traficadas, pagas com óleo diesel que abastecem balsas muitas vezes pilotadas por seus pais, pratos de comida. Crianças virgens leiloadas para abusadores que, além do crime que cometem, revelam o erotismo bizarro baseado na mais vil mentalidade que escalona mulheres por uma pele - o hímem - que remonta aos primórdios da evolução humana.

Para investigar essas denúncias, após uma incansável luta que durou anos, a Assembléia Legislativa do Pará instalou a CPI da Exploração Infanto-Juvenil que, ironia do destino, está sendo pautada por outras denúncias que chegam à opinião pública através dos Conselhos Tutelares, Conselhos dos Direitos das Mulheres, Conselhos de Defesa da Criança e do Adolescente, envolvendo um deputado da Casa.

Afora a repulsa que dá ler as peças processuais, os grandes homens públicos - que jamais tomariam parte deste escárnio contra a vida de menores indefesos pela idade e pela pobreza produzida nas últimas décadas em que o Pará foi governado por agentes das elites que tornaram o Estado um escritório administrador de seus negócios - precisam conciliar a indignação ante as acusações e a defesa do Estado Democrático, que deveria proteger a menor que denunciou o caso.

Esses homens públicos já tomaram uma decisão: a de que não haverá acobertamento , rechaçando os ritos sumários que nos igualariam em tirania ao que corre em segredo de justiça, ainda que resguardada a presunção de inocência. Para defender com coerência as garantias constitucionais de todos os envolvidos, a Assembléia Legislativa precisa muito mais que a formalidade das sessões públicas da CPI. Precisa convocar a sociedade a participar, dizer o que sabe, o que viu, apresentar caminhos.

É fundamental que o conhecimento técnico somado à histórica militância na defesa da dignidade da pessoa humana, seja quem for esta, sirvam aos trabalhos da CPI. Que quem precise se defender que o faça de peito aberto perante os que delegam representação aos parlamentares: esta mesma sociedade.

Por isso, nosso mandato requereu que a Dra. Vera Tavares, ex-presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos e ex-Secretária de Segurança Pública do Estado, assessore a CPI, que o bispo Azcona seja ouvido juntamente com o Deputado Luis Afonso Seffer, recentemente denunciado pelo Ministério Público por supostamente molestar uma criança de nove anos de idade.

Por isso, estimularemos, a exemplo do Conselho Tutelar de Belém, que as entidades envolvidas com a temática peçam para acompanhar os trabalhos da CPI, credenciando-se junto à presidência desta. Não abriremos mão de expor ao mais amplo público, respeitando os procedimentos devidos e o bom senso, tudo o que for objeto da investigação da CPI da Exploração Sexual Infanto-Juvenil, para que eliminemos essa chaga que abala os paraenses e para que protejamos a inocência de nossas crianças e adolescentes.

Não abriremos mão do compromisso com o novo desenvolvimento do Estado, onde nosso povo desfrute do que tem de bom no mundo e elimine para sempre as causas econômicas e as conseqüências psicológicas e sociais que anos de prioridades invertidas para os ricos e poderosos nos fizeram amargar.

Carlos Bordalo é deputado estadual do Pará, autor e membro da CPI da Exploração Sexual Infanto-Juvenil.
Mulher criada por homossexual dá seu testemunho

Filed under: Sem Categoria — Prof. Felipe Aquino at 10:15 pm on Friday, January 16, 2009
http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2009/01/16/mulher-criada-por-homossexual-da-seu-testemunho/



É relevante o testemunho da sra. Dawn Stefanowicz, que foi criada em um lar homossexual, mostrando o prejuízo que ela sofreu em sua formação. A matéria foi publicada em Madri, em 12 out 2006, pelo site www.acidigital.com. Transcrevemos abaixo:

“Uma mulher canadense que foi criada em um lar homossexual se dedica agora a assistir a outras pessoas que atravessam a mesma situação e a pedir aos governos do mundo que protejam o matrimônio entre homem e mulher. Conforme informa o site: ForumLibertas.org, Dawn Stefanowicz vive em Ontario, Canadá, com seu marido de toda a vida e seus dois filhos, que educou em casa. Atualmente prepara sua autobiografia e desenvolve um ministério especial no website (em inglês): Brinda ajuda a outras pessoas que como ela cresceram a cargo de um pai homossexual e foram expostos a este estilo de vida.

Stefanowicz explica no site “como em sua infância esteve exposta a trocas de casais gays, praias nudistas e a falta de afirmação em sua feminilidade, como lhe feriu o estilo de vida no qual cresceu, e oferece ajuda, conselho e informação para outras pessoas que cresceram feridas em um ambiente de ‘família’ gay, um estilo de ‘família’ que ela não deseja para ninguém e que acredita que as leis não deveriam apoiar”.

Seu testemunho

Em seu relato, Stefanowicz explica que devido a uma doença grave de sua mãe ficou aos cuidados de seu pai homossexual quando ainda era uma menina. “Estive exposta a um alto risco de doenças de transmissão sexual devido ao abuso sexual, aos comportamentos de alto risco de meu pai e a vários casais”, relata.

“Inclusive quando meu pai estava no que pareciam relações monógamas, continuava fazendo ‘cruising’ procurando sexo anônimo. Cheguei a me preocupar profundamente, a amar e entender com compaixão o meu pai. Compartilhava comigo o que lamentava da vida. Desgraçadamente, sendo criança alguns adultos abusaram sexual e fisicamente dele. Devido a isto, viveu com depressão, problemas de controle, acessos de raiva, tendências suicidas e compulsão sexual. Tentava satisfazer sua necessidade pelo afeto de seu pai, por sua afirmação e atenção, com relações promíscuas e transitórias. Os (ex) parceiros de meu pai, com os que tratei e cheguei a apreciar com sentimentos profundos, viram suas vidas drasticamente cortadas pela AIDS e o suicídio. Tristemente, meu pai morreu de AIDS em 1991″, recorda.

Segundo Stefanowicz as “experiências pessoais, profissionais e sociais com meu pai não me ensinaram o respeito pela moralidade, a autoridade, o matrimônio ou o amor paterno. Sentia-me temerosamente sossegada porque meu pai não me permitia falar dele, seus colegas de quarto, seu estilo de vida e seus encontros nessa subcultura. Enquanto vivi em casa, tive que viver segundo suas regras”.

“Sim, amava meu pai. Mas me sentia abandonada e desprezada porque meu pai me deixava freqüentemente para estar vários dias com seus companheiros. Seus parceiros realmente não se interessavam por mim. Fui danificada pelo mau trato doméstico homossexual, as tentativas sexuais com menores e a perda de parceiros sexuais como se as pessoas fossem só coisas para usar. Procurei consolo, procurei o amor de meu pai em diversos namorados a partir dos 12 anos”, sustenta.

Stefanowicz lembra que “desde tenra idade, se expôs a conversas sexualmente explícitas, estilos de vida hedonistas, subculturas GLBT e estações de férias gay. O sexo me parecia gratuito quando era menina. Expôs a manifestações de sexualidade de todo tipo incluindo sexo em casas de banho, travestismo, sodomia, pornografia, nudismo gay, lesbianismo, bisexualidade, voyeurismo e exibicionismo. Aludia-se ao sadomasoquismo e se mostravam alguns aspectos. As drogas e o álcool freqüentemente contribuíam para baixar as inibições nas relações de meu pai”.

“Meu pai apreciava o vestir unissex, os aspectos de gênero-neutro, e a trocar de roupa quando eu tinha 8 anos. Eu não via o valor das diferenças biologicamente complementares entre homem e mulher. Nem pensava sobre o matrimônio. Fiz votos de nunca ter filhos, porque não cresci em um ambiente de lar seguro, sacrificial, centrado nas crianças“, assinala.

As conseqüências

“Mais de duas décadas de exposição direta a estas experiências estressantes causaram insegurança, depressão, pensamentos suicidas, medo, ansiedade, baixa auto-estima, insônia e confusão sexual. Minha consciência e minha inocência foram seriamente danificadas. Fui testemunha de que todos os outros membros da família também sofriam“, sustenta Stefanowicz.

Ela assegura que só depois de ter tomado as decisões mais importantes de sua vida, começou a dar-se conta de como a tinha afetado crescer nesse ambiente. “Minha cura implicou olhar de frente a realidade, aceitar as conseqüências a longo prazo e oferecer perdão. Podem imaginar ser forçados a aceitar relações instáveis e práticas sexuais diversas desde curta idade e como afetou a meu desenvolvimento?. Infelizmente, até que meu pai, seus parceiros sexuais e minha mãe morreram, não pude falar publicamente de minhas experiências“, explica.

“Ao final, as crianças serão as vítimas reais e os perdedores do matrimônio legal do mesmo sexo. Que esperança posso oferecer a crianças inocentes sem voz? Governos e juízes devem defender o matrimônio entre homem e mulher e excluir todos os outros, pelo bem de nossas crianças”, conclui”. (Termina aqui a matéria de Stefanowicz). Veja mais detalhes em:

http://www.dawnstefanowicz.com/dawntest.htm
"Cadeia para as mulheres que fazem aborto?"
(a armadilha dos abortistas)
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz, presidente do Pró-Vida de Anápolis

Durante a campanha eleitoral de 2008, uma candidata a vereadora ofereceu um folheto a uma senhora que passava por uma praça do Rio de Janeiro. A transeunte era Mônica Torres Lopes Sanches, intrépida defensora da vida, mãe de Giovanna, uma menina anencéfala nascida em 25/03/2005. Ao perceber pelo folheto que a candidata defendia o aborto, Mônica deu meia volta e foi manifestar sua discordância. A candidata replicou: "O que pretendemos é apenas descriminar o aborto. Queremos que as pessoas que praticam aborto não sejam mais penalizadas". Quando o assunto da conversa se tornou a morte de (supostamente) muitas gestantes por causa do aborto clandestino, praticado em condições "inseguras", Mônica relatou o caso de uma mulher que, apesar de ter praticado aborto com um "excelente" médico, sofreu terrivelmente com a curetagem e passou muitos anos sem conseguir dar à luz.

A candidata então preparou uma armadilha em forma de pergunta: "Você acha que essa mulher tinha que ser presa?". Mônica respondeu prontamente: "É claro! Ela matou o filho dela!".

Decepcionada porque Mônica não mordera a isca, a candidata recebeu de volta o folheto juntamente com a garantia de que não ganharia o voto daquela eleitora.




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O medo de falar em "pena" para o aborto
A estratégia abortista de concentrar a atenção na pena para as mulheres que abortam têm-se mostrado eficiente, sobretudo diante de pessoas pró-vida incautas. Evita-se falar (pelo menos em um primeiro momento) em um direito ao aborto. Fala-se, em vez disso, em evitar o sofrimento imposto pela lei àquelas que praticam esse crime. Apela-se para o sentimento de misericórdia e pede-se que a pena seja excluída da legislação. Em vez de "legalizar" o aborto, fala-se em "descriminar" ou "despenalizar" o aborto.

Essa estratégia funcionou em Portugal. No referendo de 11 de fevereiro de 2007 (dia de Nossa Senhora de Lourdes!), os portugueses foram chamados a decidir sobre o aborto. Na pergunta, em vez de "legalização", falou-se em "despenalização"[1][2][3][4][5][6][7][8][9][1][2][3][4][5][6][7][8][9]. Dos portugueses que votaram (menos da metade do eleitorado), a maioria (59,5%) respondeu "sim" ao aborto.

Na Itália, o aborto foi legalizado graças ao Partido Radical (semelhante ao PT no Brasil) em 1978. A horrenda lei 194, promulgada em 22 de maio daquele ano, permite que o aborto seja praticado pelas mais estranhas razões e pretextos, sempre com o financiamento do Estado. O "Movimento per la vita" italiano mordeu a isca dos abortistas. Tem evitado sistematicamente falar em uma "pena" para o aborto. Pretende, "de um lado, um reconhecimento claro e firme do direito à vida; de outro lado, a renúncia, em linha de princípio, ao direito penal para a sua defesa". Não ousa propor uma revogação da lei. Propõe uma "reforma" que dê à lei instrumentos aptos a garantir o direito à vida do concebido, mas "sem a ameaça penal".

Ora, pretender combater o aborto sem considerá-lo crime e sem punir quem o pratica é algo quase inócuo. Essa atitude não leva em conta a doutrina da Igreja Católica sobre a função da pena.




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Para que serve a pena?
"É direito e dever da autoridade pública legítima infligir penas proporcionadas à gravidade do delito. A pena tem como primeiro objetivo reparar a desordem introduzida pela culpa. Quando esta pena é voluntariamente aceita pelo culpado, adquire valor de expiação. A pena tem ainda como objetivo, para além da defesa da ordem pública e da proteção da segurança das pessoas, uma finalidade medicinal, posto que deve, na medida do possível, contribuir para a emenda do culpado" (Catecismo da Igreja Católica, n. 2266. Destaque nosso).

Do texto citado acima, verificamos que:

a) a aplicação de penas aos delitos não é somente um direito, mas um dever do Estado;

b) a pena deve ser proporcional à gravidade do delito (o aborto foi qualificado pelo Concílio Vaticano II como crime "nefando" e pelo Papa João Paulo II como crime "abominável");

c) o objetivo principal da pena não é prevenir que se cometam novos crimes, mas reparar a desordem introduzida pela culpa.

Essa função retributiva da pena – que é a principal, embora não seja a única – tem sido transcurada por muitos penalistas modernos. Quanto ao aborto, o Catecismo fala explicitamente do dever do Estado de prever sanções penais:

"Como conseqüência do respeito e da proteção que devem ser garantidos ao nascituro, desde o momento da sua concepção, a lei deve prever sanções penais apropriadas para toda a violação deliberada dos seus direitos" (Catecismo, n. 2273).




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A gravidade objetiva do crime do aborto
Objetivamente falando, o aborto é o mais covarde de todos os assassinatos. Em relação ao homicídio simples, punido com 6 a 20 anos de reclusão (art. 121, CP), ele tem vários agravantes. Os meios empregados são insidiosos ou cruéis, incluindo envenenamento, tortura ou asfixia (art. 121, §2º, III, CP). O ofendido sempre é absolutamente indefeso (art. 121, §2º, IV, CP). É praticado contra um descendente (art. 61, II, e, CP), contra uma criança (art. 61, II, h, CP), e muitas vezes por um médico que tem por ofício o dever de defender a vida (art. 61, II, g, CP).

No entanto, a pena é extremamente pequena: 1 a 3 anos de detenção para a gestante (art. 124, CP) e 1 a 4 anos de reclusão para o terceiro que provoca aborto nela com o seu consentimento (art. 126, CP). Com uma pena mínima de apenas um ano, quem pratica o crime pode beneficiar-se da suspensão condicional do processo prevista no artigo 89 da Lei dos Juizados Especiais (Lei 9099/1995). Foi o que aconteceu com várias mulheres acusadas de praticarem aborto em Campo Grande (MS), na clínica da Dra. Neide Mota Machado. Aceitando proposta do Ministério Público, o processo ficou suspenso por dois anos, com as seguintes condições: "a) comparecimento pessoal em juízo a cada trinta dias para comprovar endereço ou trabalho; b) comparecimento numa creche durante o primeiro ano para prestar serviços à comunidade, por quatro horas, um dia na semana, cujos trabalhos serão definidos de acordo com sua aptidão; c) não se ausentar da comarca por mais de quinze dias, sem comunicação ao juízo". Mesmo assim as feministas não se deram por satisfeitas. Invocando a Convenção Internacional contra a Tortura, elas chegaram ao cúmulo de dizer que "a prestação de serviços comunitários em creches pode ser equipara à condição de tortura psicológica (!)".

O deputado Pompeu de Mattos (PDT/RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, que havia pedido ao juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, que as mulheres não fossem indiciadas, resolveu agora apresentar um proposta legislativa para reduzir ainda mais a pena do aborto. É o Projeto de Lei 3673/2008, que pretende reduzir para dois anos de detenção (em vez de três) a pena máxima para a gestante que pratica um aborto. Se convertido em lei, o aborto passará a ser um crime "de menor potencial ofensivo" (!), dispensando até mesmo a realização de um inquérito policial. A proposta de Pompeu serve de preparativo para a descriminalização do aborto.


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O aborto do ponto de vista subjetivo
A Igreja pune o crime do aborto com a pena canônica da excomunhão automática (cânon 1398), que atinge os que intervêm materialmente (médicos, enfermeiras, parteiras...) ou moralmente (como o marido ou o pai que ameaçam a gestante, constrangendo-a a abortar). "A Igreja não pretende, deste modo, restringir o campo da misericórdia. Simplesmente, manifesta a gravidade do crime cometido, o prejuízo irreparável causado ao inocente que foi morto, aos seus pais e a toda a sociedade" (Catecismo, n. 2272). No entanto, segundo o canonista Pe. Jesus Hortal, "a mulher, não raramente, não incorrerá na excomunhão por encontrar-se dentro das circunstâncias atenuantes do cân. 1324 § 1º, 3º e 5º". Tais circunstâncias são: a posse imperfeita do uso da razão, o forte ímpeto da paixão ou a coação por medo grave. A culpa maior cabe ao aborteiro, que lucra com a morte da criança e o desespero da mãe que o procura.

Uma coisa, porém, é reconhecer a existência de circunstâncias subjetivas que diminuam a culpa e, portanto, a pena a ser aplicada. Outra coisa é excluir da lei qualquer pena para o crime, como pretendem os abortistas. Isso é muito bem explicado em um documento do Pontifício Conselho para a Família, de 13 de maio de 2006:

"Hoje se pretende de qualquer modo banalizar o aborto com o pretexto de que a autoridade não deve penalizar este delito abominável. Estar nessa linha significa reduzir ou negar que o delito, pelo próprio fato de ser delito, requer uma pena. Não é concebível que um delito possa restar impune. Um outro aspecto se refere à seguinte questão: o juiz, quando examina os casos, tem a possibilidade, isto sim, de ver quais são os aspectos agravantes ou atenuantes e dispor conseqüentemente. Banalizar assim o aborto transformaria o delito em direito".


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Como não cair na armadilha abortista
Diante de um interlocutor de age com má-fé, convém fazer como fez Jesus muitas vezes com os fariseus: devolver-lhe a pergunta. Essa atitude deixa patente a insensatez da posição abortista e transforma o acusador em acusado.

ARMADILHA ABORTISTA
RESPOSTA PRÓ-VIDA



Você acha que as mulheres que fazem aborto devem ser punidas?
ERRADA: Não, eu não quero que elas sejam punidas. Quero apenas que os abortos não sejam praticados.

CERTA: Pelo que entendi, você quer saber se eu defendo a impunidade de quem mata o próprio filho. É essa a sua pergunta?




A pergunta foi a seguinte: "Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas dez primeiras semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?".

CASINI, Carlo. Prospettive di riforma dell'attuale legislazione sull'aborto: il dibattito italiano ed europeo. 2º suppl. al mensile "La Speranza" n. 1 gennaio 1995, Firenze, p. 13.

Cf. CASINI, Carlo. Chiudiamo l'era della 194. Si alla vita, n. 1, gennaio 2008, Roma, p. 13.

Constituição Pastoral Gaudium et Spes, n. 51.

Discurso no II Encontro Mundial do Papa com as Famílias, Rio de Janeiro, 04 out.1997.

FERREIRA, Marta. Em MS 25 mulheres já foram denunciadas por aborto. Campo Grande News. 14 maio 2008, 18h42min. Disponível em: .com.br/canais/view/?canal=8&id=227054>

VINCENSI, Cheline. CDDH oferece assistência jurídica para mulheres indiciadas na clínica de aborto. Correio do Estado. 20 maio 2008, 17h50min. Disponível em: .com.br/?conteudo=noticia_detalhe&idNoticia=8786>

CÓDIGO de Direito Canônico: promulgado por João Paulo II, Papa. São Paulo, Loyola, 1983. p. 609.

Família e Procriação Humana, n. 23. Destaques do original
RAZONES POR LAS QUE LAS MUJERES NO HABLAN A SUS MÉDICOS SOBRE EL ABUSO

y RAZONES POR LAS QUE LOS MÉDICOS NO PREGUNTAN SOBRE VIOLENCIA DOMÉSTICA


Assunto: Boletin Sexualidad para la Vida - Noviembre 2008
De: "ACUPS"
Data: Dom, Novembro 30, 2008 8:22 am
Para: "Programa Sexualidad para la Vida"
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SEXO: DE LA INTIMIDAD AL "TRABAJO SEXUAL",

Sexualidad para la Vida
Es un programa de la Asociación Cristiana Uruguaya de Profesionales de la Salud

A. C. U. P. S.


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acups@chasque.net Boletín Electrónico www.acups.org

Noviembre 2008

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VIOLENCIA DOMÉSTICA

RAZONES POR LAS QUE LAS MUJERES NO HABLAN A SUS MÉDICOS SOBRE EL ABUSO

y

RAZONES POR LAS QUE LOS MÉDICOS NO PREGUNTAN SOBRE VIOLENCIA DOMÉSTICA


El 25 de noviembre, Día Internacional por No más violencia contra las mujeres es una oportunidad para sensibilizar sobre una lamentable realidad social que no se puede silenciar. Los profesionales que actuan en el ambito sanitario tienen un rol protagónico para detectar situaciones abusivas. Sin embargo en la práctica profesional cotidiana no es común abordar ésta temática tanto desde el lado de los médicos como de los propios pacientes. ¿ Cúales son algunas de las razones que tanto unos como otros, evitan encarar esta situación ? En esta edicion compartimos sobre la respuesta que la revista Mujer y Salud, en su dossier sobre Violencia Doméstica, indica sobre esta temática.


RAZONES POR LAS QUE LAS MUJERES NO HABLAN A SUS MÉDICOS SOBRE EL ABUSO http://www.matriz.net/mys/mys-06/dossier/doss_06_25p.html

1 Por el miedo de las represalias si el agresor se entera de que su violencia ha sido revelada:

o Ella puede no saber que lo que un paciente le dice a su médico es información confidencial.
o Puede vivir en un estado con leyes de informe obligatorio para el profesional médico, por lo que puede temer que una denuncia de éste a la policía desencadene un estallido de violencia doméstica que la ponga en peligro a ella y a sus hijos.
o Puede ser incapaz de conseguir una entrevista a solas con su médico, sin ser acompañada por el agresor. o El agresor puede haber amenazado con matarla a ella o a sus hijos si ella cuenta algo a alguien.

2 Por la vergüenza y humillación que ella siente:

o Puede creer que es la única que vive este tipo de situación.
o Puede creer que ella provocó la violencia al haber fallado a su pareja de alguna manera (por ejemplo, no limpiando bien la casa, educando mal a los hijos, vistiendo mal, etc.) o A ella le pueden haber dicho que deje a su agresor o puede haber intentado dejarlo anteriormente, y al no verse capaz se siente avergonzada.

3 Ella puede creer que merece el mal trato:

o Cree que no merece ser ayudada.

4 Puede querer proteger a su pareja:

o Él es su principal fuente de amor y afecto cuando no la maltrata.
o Él es el único soporte de ella y sus hijos.
o Ella espera que él cambie.

5 Ella no entiende lo que le está pasando:

o Piensa que todos los matrimonios tienen peleas como las de ellos.
o Cree que la violencia no se repetirá.
o No es consciente de que sus síntomas físicos están relacionados con el estrés de vivir en una relación abusiva.
o Puede pensar que las lesiones que ha sufrido no son lo suficientemente importantes como para mencionarlas.
o Sus antecedentes culturales, étnicos y/o religiosos, influyen en su respuesta al maltrato.

6 Ella puede creer que su médico no dispone de información o no se interesa lo suficiente sobre violencia doméstica como para hablarle de ella.

o Puede estar convencida de que está muy ocupado para perder tiempo hablando de su problema.
o En su última visita clínica, ella intentó decir a su médico que estaba nerviosa por el estrés en casa. Sin preguntarle por la causa de dicho estrés, el médico, rápidamente, le recetó un ansiolítico y la despidió de forma abrupta, para ver al siguiente paciente.

7 Ella piensa que su médico no la puede ayudar en este problema.

o No sabe que los médicos pueden proveerla de la información que ella necesita.
o Ella puede habérselo dicho en el pasado a algún médico y no haber obtenido respuesta.

RAZONES POR LAS QUE LOS MÉDICOS NO PREGUNTAN SOBRE VIOLENCIA DOMÉSTICA http://www.matriz.net/mys/mys-06/dossier/doss_06_26p.html

1 El miedo a ofender a las pacientes.

2 Creen que no hay violencia doméstica entre ciertas poblaciones. Por ejemplo, los médicos sin experiencia en violencia doméstica, suponen que las pacientes con nivel universitario no están involucradas en situaciones de violencia doméstica. Pero la violencia doméstica puede ocurrirle a cualquiera, a pesar de su edad, raza, nivel socio-económico o base educacional.

3 La paciente está llorosa y no coopera, incluso está borracha o intoxicada con otras drogas, lo que hace difícil hacer la anamnesis. Pero generalmente no utilizamos estas excusas para olvidar otras condiciones potencialmente fatales.

4 Piensan que la mujer provocó o merecía el abuso. Las creencias sociales sobre la superioridad del varón y la sumisión de la hembra persisten.
Algunos médicos, de ambos sexos, comparten estas creencias, y esto puede afectar su habilidad para identificar eficazmente e intervenir en los casos de violencia doméstica. Pero haga lo que haga, nadie merece ser golpeado.

5 Creen que lo que ocurre dentro de la casa, en cuanto a violencia doméstica, es un asunto privado y por lo tanto no tendría que ser discutido. Pero los médicos de forma rutinaria preguntan sobre "asuntos privados" que afectan la salud y el bienestar de sus pacientes, como las preferencias y las prácticas sexuales.

6 Creen que si ella quiere puede irse. Pero hay muchas razones por las que la mujer no puede "simplemente dejarlo."

7 Conocen al agresor y creen que es incapaz del abuso. Pero la apariencia externa de muchos maltratadores es engañosa y desmiente su potencial para la violencia doméstica.

8 Temen descubrir la realidad del maltrato, "abrir la caja de Pandora". No sabrían qué hacer entonces. Piensan que ese papel corresponde a otros profesionales. Pero en realidad su intervención es muy importante y difícilmente sustituible.

9 Una sensación de impotencia o incapacidad para arreglar la situación.
Saben qué hacer, pero creen que no ayudará: "De cualquier forma ella volverá con él." Más, a veces, algunas mujeres finalmente se van con la ayuda de sus médicos.

10 La identificación profunda con la paciente o el agresor. Las médicas que si descubren violencia doméstica en pacientes parecidas a ellas mismas podrían aflorar sus propios miedos a la vulnerabilidad y falta de control, y se sentirían "demasiado cercanas para poder consolar". Si el médico ha sido víctima o perpetrador de la violencia doméstica, preguntar a las pacientes por la violencia de sus vidas podría significar su propia confrontación de la violencia en su propia vida.

11 El tiempo necesario para tratar este tema. Preguntar directamente sobre la violencia doméstica como causa o factor contribuyente a los síntomas de la mujer, puede ahorrar mucho tiempo y dinero a largo plazo.

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ANUNCIO PRELIMINAR

XIV CONGRESO MUNDIAL DE ICMDA

Congreso Mundial de la Asociación Internacional de Médicos y Odontólogos Cristianos Punta del Este - Uruguay
4 al 11 de julio 2010
Mayor información www.icmda2010.org

Encuentro Mundial de Psicólogos y Psiquiatras Cristianos

Punta del Este - Uruguay

5 y 6 de Julio 2010

www.icmda2010.org

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Boletín Electrónico Sexualidad para la Vida Editor - Jorge Patpatian acups@chasque.net
Genocídio Homossexual?



A Folha de São Paulo, neste dia 09 de dezembro de 2008 traz uma carta, no “Painel do Leitor” discutindo notícias recentes sobre assassinatos de homossexuais em uma praça de São Paulo, que vêm sendo correntemente investigados pela polícia. Nela, o missivista fala de um “genocídio de homossexuais” que estaria ocorrendo no Brasil. Obviamente, como cristãos e cidadãos ordeiros dessa nação brasileira, somos contra qualquer assassinato. Acreditamos até que a punição corrente para esses crimes seja por demais suave, quando comparada com as determinações bíblicas que especificam a pena de morte para a retirada da vida de pessoas que são formadas à imagem e semelhança de Deus. No entanto, esse rótulo de “genocídio homossexual” é curioso, estranho e intrigante.



O autor da carta e da expressão é um militante da causa homossexual, de presença amiúde nas páginas dos jornais. Com um currículo impressionante, ele é Chefe do Departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia; membro da Comissão Nacional de Aids, do Ministério da Saúde (CNAIDS) e do Conselho Nacional de Combate à Discriminação do Ministério da Justiça. Para que não paire a falsa idéia de que ele é prestigiado apenas pelo presente governo, o Sr. Luiz Mott foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Rio Branco pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.



Ele é um dos principais promotores da chamada “lei contra a homofobia” (PLC 122/2006), que tramita no Senado Federal e que já foi alvo de alguns posts neste Blog. Promove, também, outras leis semelhantes que estão sendo aprovadas por municípios e estados desse nosso país. Uma das pérolas nauseabundas de sua lavra é um texto no qual coloca em dúvida a historicidade de Jesus, para, a seguir, afirmar que se há qualquer veracidade nos relatos bíblicos, o que sobressai é um Jesus que é sodomita ativo e um apóstolo João como um de seus amantes. Paro por aqui, sem entrar em detalhes mais obscuros e pornográficos de outros textos de sua autoria e promoção. Informo, em adição, que o Luiz Mott tem contestado algumas acusações que tem recebido, em vários blogs, nesta sua página.



Interessa-me, na realidade, analisar a sua expressão e a divulgação freqüente de que atravessamos um “genocídio homossexual” em nosso país. Uma das estatísticas mais utilizadas (faça uma pesquisa no Google) é a de que “a cada três dias um homossexual é assassinado no Brasil”. Essa tem sido a principal bandeira para promover o malfadado Projeto de Lei já mencionado, supostamente contra a homofobia. Recentemente, estive em um evento e ouvi um Ministro de Estado repetir essa mesma estatística, sem pestanejar, nem ponderar. A inferência desse número, é que isso retrataria uma brutalidade e ataque intenso aos homossexuais em nosso país. Os gays necessitariam, portanto, da proteção dessa lei contra tal intolerância. Para chegar a esses números, e afirmar que, no Brasil, “tivemos 122 mortes, neste ano, superando o México e os Estados Unidos”, Mott compilou os seus dados através do método duvidoso de referir-se às notícias dos jornais, por inexistência de “estatísticas oficiais”. Segundo Mott, o Brasil atravessa um “homocausto” (trocadilho que procura associar a morte de homossexuais ao Holocausto)!



Repetindo, acredito na lei de Deus e em seus princípios de justiça, bem como na dignidade humana. Repudio, portanto, qualquer tipo de assassinato ou crueldade contra qualquer pessoa. Sobre essas estatísticas e sobre a terminologia que está sendo utilizada, entretanto, pondero o seguinte:



1. Em primeiro lugar, a utilização da expressão “genocídio” é interessante, curiosa e contraditória. A palavra tem a sua origem com o trabalho do judeu polonês, Raphael Lemkin, que protestava as ações dos “atos bárbaros” da Alemanha nazista. Em 1944, ele cunhou o termo em seu livro “O Domínio do Eixo na Europa Ocupada”. Lemkim pegou a palavra grega “genos”, que significa “raça”, “tribo”, “grupo étnico”, unindo-a ao sufixo latino “cidium”, que significa “ato de matar”, “assassinato” - resultando na palavra genocídio, ou seja, o assassinato de uma raça ou de um grupo étnico. Quando um homossexual se refere a assassinatos de homossexuais como sendo “genocídio homossexual”, está atribuindo um determinismo genético ao homossexualismo (equacionando a prática com “raça”, “tribo”, “grupo étnico”). Ocorre que, curiosamente, eles próprios têm se posicionado contra a noção de que existe uma inclinação biológica ou genética à prática. Afinal, uma das grandes bandeiras do movimento gay é sobre “o direito de opção sexual”: ser-se aquilo que se quer ser, em vez de procurar ser aquilo que biologicamente são. Rebelam-se contra a noção de que Deus criou dois sexos, e não três ou quatro. Colocam na pessoa a definição de sua sexualidade, e não no Criador. Pois bem, ao clamar “genocídio”, contradizem-se em sua própria argumentação.



2. Segundo, alguma coisa está sendo perdida nessa estatística. A cada ano, 50.000 brasileiros são assassinados, o que dá 138 brasileiros por dia, ou 414 a cada três dias. Se a questão é que “um homossexual é assassinado a cada três dias”, isso dá 1 a cada 414 pessoas. Ou seja, 0,25% dos assassinatos totais.



3. Ocorre que “... o movimento gay declara que o número de homossexuais na população brasileira atinge o percentual de 10%...”. Juntando essas duas afirmações, se verídicas (procedem, ambas dos grupos gays) chega-se à conclusão que morrem menos homossexuais do que o restante da população (414 x 10% = 41). Isto é, morrem 40 vezes menos homossexuais do que heterossexuais. De acordo com essas estatísticas distorcidas, a melhor forma de escapar com vida, no Brasil, é virar gay.



4. A questão, que essa discussão evita, é que mata-se indiscriminadamente no Brasil e isso não é restrito a um segmento ou grupo em particular. É verdade que falar genericamente dos assassinatos, da falta de lei, da violência contra os cidadãos, não “dá mídia” nem impressiona tanto, quanto as estatísticas do Mott. Por exemplo, o movimento Rio de Paz fez recente manifestação nas praias cariocas apontando a cruel estatística de que somente nos últimos dois anos, na cidade do Rio, há o registro de 9.000 desaparecidos. Destes, 6.300 foram presumidamente assassinados e nunca retornarão aos lares. Vários desses foram mortos com requintes de crueldade, no chamado “micro-ondas”, onde as pessoas condenadas a morrer são colocadas em pneus nos quais toca-se fogo, carbonizando a vítima. Esse “crematório individual”, praticamente impede a identificação dos restos mortais. Isso é um arremedo tropicalizado, mais sofisticado e mais cruel, daquilo que a gang de Winnie Mandela, na África do Sul (conhecida como Mandela Football Club) praticava contra os desafetos (lá, era um pneu, só, em chamas, colocado ao redor do pescoço), nas décadas de 70/80. Antônio Carlos Costa (líder do Rio de Paz) aponta que se fez um escarcéu enorme com 138 ativistas políticos que desapareceram na época do regime militar, mas ninguém aparenta dar a mínima com esses desaparecidos e essa matança indiscriminada de agora.



5. É curioso, portanto, que um grupo específico, manipule dados e formule estatísticas enganosas. É intrigante, que na contabilidade do Sr. Mott, homossexuais só morrem – eles não matam. É surpreendente como realidades são ignoradas, como no caso desses assassinatos mencionados no início deste texto, no Parque dos Paturis, em Carapicuíba ninguém aponta que o principal suspeito, preso em 10 de dezembro de 2008, um ex-PM, aparenta ser igualmente homossexual. Ele procurava encontros naquela localidade (uma das testemunhas informou que esteve com ele em um motel, nas vizinhanças). A mídia Esquece que os “ativos” são igualmente homossexuais. E assim, com essas frases e “estatísticas” de efeito, contando com apoio e projeção governamental, os gays e simpatizantes procuram impor uma lei da mordaça heterofóbica, sob o suposto manto de uma pretensa proteção à violência social que impera em nossas plagas; quando a violência não enxerga cor, raça ou sexo. Pior, ainda, é que essa lei é voltada contra as convicções e liberdades religiosas; contra princípios de acato à instituição da família, em vez de contra criminosos de verdade e assassinos de fato.



A triste realidade é a de que o governo tem abdicado de suas responsabilidades de proteção à vida, como sendo a prioridade número um de suas funções. Sofrer violência não é característica de um grupo específico, mas é conseqüência da impunidade e da omissão do estado. Provavelmente deveríamos formar um grupo: os OHEB – Órfãos Heterossexuais do Estado Brasileiro. Quem sabe conseguimos promulgar uma lei que nos proteja?

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Solano Portela
RAIO X DO FINANCIAMENTO INTERNACIONAL DO ABORTO



Eu já conhecia este documento, mas ainda não tinha autorização para divulgá-lo. Chegou a hora de mostrarmos a verdade! Estarei na VINACC: www.vinacc.org.br falando sobre “A MULHER, O ABORTO E O CONTROLE DE POPULAÇÃO”, em Campina Grande, PB, no feriado do Carnaval 2009, e tomarei como referência o material abaixo.

Um abraço e a paz.
Rozangela Justino
rjustino@urbi.com.br
rozangelajustino@abraceh.org.br

Prezados Amigos

Leiam o anexo e vejam como e porque o aborto é disseminado no mundo e particularmente entre nós.

Humberto L. Vieira

Presidente da PROVIDAFAMÍLIA


-------Mensagem original-------

Em 04/01/2009 18:43, felipe nery escreveu:

Caros amigos,

Envio-lhes (abaixo) o texto de uma entrevista de Frances Kissling, que ocupou o cargo de presidente das “Católicas pelo Direito de Decidir” (Catholics for a Free Choice) até 2007, quando se “aposentou” (entre aspas porque ela continua firme e forte atuando a favor da despenalização do aborto, especialmente na América Latina - Uruguai - local que ela escolheu para “passar seus últimos anos” e onde, recentemente, houve uma manobra astuta para se conseguir legalizar essa prática - mera coincidência?). Gostaria de pedir que vocês lessem o texto com atenção, apesar de longo, pois é interessante notar que ela fornece importantes informações sobre a poderosíssima rede que financia e, estrategicamente age para implantar o aborto em praticamente todos os países do globo terrestre.

Ela pode ser comparada a apenas uma “mestre-de-obras”, na intrincada rede que pretende devastar os valores de Cristo na humanidade, porém, como vocês verão, é uma pessoa muito bem sucedida na obra que lhe foi confiada. Prestem atenção no montante financeiro disponibilizado e das fundações que dão o suporte necessário para a total estruturação e atuação de entidades que lutam para “transformar” o senso-comum em algo totalmente diverso do Bem. Repito que se trata de um texto longo, mas vale a pena ser lido com atenção. Divulguem para seus contatos.

Um abraço a todos,

Felipe Nery

RAIO X DO FINANCIAMENTO

INTERNACIONAL DO ABORTO

Em 2002 Frances Kissling, presidente das Católicas pelo Direito de Decidir nos Estados Unidos, concedeu uma entrevista de mais de sete horas de duração narrando a história da organização que ela coordena até hoje. A entrevista original encontra-se no endereço

http://www.smith.edu/libraries/libs/ssc/prh/transcripts/kissling-trans.html

e mais adiante, nesta mensagem, o leitor encontrará a tradução de um condensado da mesma.

Frances Kissling preside a Catholics for Free Choice, ou Católicas pelo Direito de Decidir, uma organização internacional sediada em Washington que trabalha atualmente com a promoção do aborto nos Estados Unidos, em todos os países da América Latina e na União Européia. No momento já está iniciando sua expansão para os países da África.

De Católicas elas possuem apenas o nome, propositalmente escolhido para confundir. Seu verdadeiro objetivo é a implantação definitiva e irreversível da prática do aborto em todo o mundo. Para isto são financiadas, juntamente com uma numerosíssima rede de outras ONGs que atuam em um só conjunto em todo o globo para este mesmo fim, por uma outra impressionante quantidade de fundações que definem as estratégias, financiam o trabalho e não costumam aparecer para o público.

A entrevista é grande e o texto abaixo, embora bem menor, é ainda um pequeno resumo. Mesmo assim, os leitores desta mensagem são exortados a imprimirem o conteúdo para poder lê-lo com calma, ainda que este trabalho possa demandar algum tempo. Esta entrevista é importante não por causa do enredo da história principal, centrado na carreira de Kissling e na fundação das Catholics for Free Choice, mas pela extraordinária riqueza de detalhes paralelos que vão sendo mencionados ao longo da narrativa.

Estes detalhes, numerosíssimos em toda a narrativa, evidenciam a onipresença das fundações que financiam internacionalmente o aborto, e que o fazem movidos por uma ideologia totalmente diferente daquela que anima os próprios agentes que aparecem para o público como sendo os promotores do aborto. São estas fundações internacionais que já há décadas traçam as estratégias e financiam os trabalhos que serão realizados pelas organizações locais, as únicas que terão alguma visibilidade apenas para um reduzido público. Para a grande maioria do povo nem mesmo estas organizações aparecem, apesar de serem contadas em várias centenas no Brasil e em muitos milhares no estrangeiro, espalhadas por todo o globo em uma rede estrategicamente coesa e coordenada pelo financiamento das grandes Fundações. Para o grande público, no qual estão incluídos a maioria dos políticos e responsáveis pelo destino das nações, a explosão da pressão pela legalização do aborto parece ser um fenômeno natural, conseqüência inevitável do desenrolar da história, da expansão das comunicações ou do desenvolvimento político, contra o qual nada pode ser feito porque nada haveria para ser feito.

Poucos conhecem o gigantesco trabalho que esta máquina descomunal desenvolve no Brasil para promover o aborto e o quanto ela penetrou em todas as instâncias estratégicas da política governamental, mesmo contra a opinião da maioria do povo brasileiro, que é esmagadoramente contra não somente a prática como também contra a legalização do aborto. Muito menor é o número dos que conhecem as fundações que elaboraram toda esta estratégia, que promovem todo este trabalho e que estão todas sediadas no estrangeiro, decidindo desde lá o que deverá ser implantado no Brasil. E até mesmo para a própria Frances Kissling, que está no coração deste trabalho, como se depreende claramente de suas palavras, as verdadeiras intenções destas fundações das quais ela recebe o dinheiro para desenvolver suas atividades, estão envoltas em muitas dúvidas.

Para incentivar a leitura deste condensado, é interessante chamar a atenção do leitor para a importância de alguns dos numerosos detalhes que aparecem ao longo desta história e que revelam justamente aquilo que está para além da história que está sendo nardada. Espero poder incentivar o leitor a um estudo sério deste documento e também mais adiante deste mesmo assunto.

A. Financiamento internacional do aborto ilegal na Itália.

Após ter sido diretora de clínicas de aborto nos Estados Unidos, Kissling foi chamada pelas Fundações que financiam o aborto no mundo para dirigir-se à Itália e convencer as feministas italianas e o Partido Radical, já responsável na época pela aprovação do divórcio e naquele momento tentando obter a legalização do aborto na Itália, a aceitar dinheiro americano para o estabelecimento de uma rede de clínicas clandestinas de aborto no país. Kissling afirma que as feministas, em conjunto com o Partido Radical, já administravam algumas das clínicas clandestinas italianas, mas as Fundações americanas estavam dispostas a financiar muito mais.

B. Financiamento do aborto nos Estados Unidos.

A IPPF (International Planned Parenthood Federation), é uma organização multinacional fundada por movimentos feministas em Londres na década de 50 para promover o aborto em todo o mundo. Hoje a filial americana da IPPF é proprietária de uma rede que abarca 20% de todas as clínicas de aborto nos Estados Unidos e é a maior provedora de abortos americana. Mas até a total legalização do aborto nos Estados Unidos ocorrida em 1973, quando a decisão Roe x Wade da Suprema Corte legalizou o aborto até os nove meses em todo o território americano, a IPPF apenas trabalhava na propaganda pela legalização da prática e não queria entrar diretamente no negócio das clínicas "para não ser estigmatizada". Kissling afirma que foram as fundações que obrigaram a IPPF a entrarem diretamente no negócio da fundação e gerenciamento do própria prática do aborto, tornando-se hoje a maior provedora de abortos na América e do mundo.

C. Financiamento do aborto ilegal no Terceiro Mundo.

Atualmente o IPAS, com a conivência das autoridades brasileiras da saúde, ministra cursos de técnicas de aborto a mais de mil novos médicos por ano no Brasil. A desculpa é que os cursos são para capacitar os médicos a realizarem abortos em casos de estupro, mas a verdade é que a instituição quer formar no Brasil quadros imensos para prover abortos em quaisquer circunstâncias. Em janeiro de 2007 o IPAS ministrou um curso de técnicas de abortos em Manaus, na Maternidade Ana Braga. Em fevereiro de 2007 no Rio de Janeiro, no Hospital Fernando de Magalhães no bairro de São Cristóvão, novamente Manaus na Maternidade Moura Tapajós, na Santa Casa de Sobral no Ceará, na cidade de Palmas capital do Estado de Tocantins, ma cidade de São Paulo, no Hospital da UNIC em Cuiabá, e outros dois em Goiânia, um deles na Santa Casa de Goiânia. Em Março de 2007 foi dado um curso de técnicas de aborto no Hospital Universitário de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Em abril de 2007 estão previstos mais dois cursos no Instituto de Perinatologia da Bahia em Salvador. E em Maio de 2007 está previsto outro na própria Secretaria Estadual da Saúde em Boa Vista, Roraima. Todos estes cursos são anunciados publicamente e com antecedência há mais de dez anos, desde o primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, e ninguém jamais tomou nenhuma providência a respeito, nem na classe médica nem fora dela.

http://www.ipas.org.br/agenda.html

Mas nos anos 70 o IPAS era apenas um instituto norte americano de aconselhamento para a gravidez e, embora já promovesse a prática do aborto, tal como fazia a IPPF, também o IPAS não queria entrar no negócio da fundação e gerenciamento de clínicas.

Segundo Kissling, as mesmas fundações que obrigaram a IPPF a fundarem e gerenciarem a maior rede de clínicas de aborto nos Estados Unidos obrigaram naquela época também o IPAS a fazer o mesmo, mas nos países subdesenvolvidos, onde o aborto é ilegal. Como Kissling ela própria tinha experiência anterior no gerenciamento de clínicas de aborto e já havia feito um trabalho na Itália junto ao Partido Radical como representante das fundações que se dedicam ao financiamento do aborto, acabou por ser a escolhida para implantar as primeiras clínicas de aborto do IPAS fora dos Estados Unidos. Com o financiamento das Fundações, mas trabalhando para o IPAS, Kissling conta como venceu a resistência dos médicos austríacos e abriu a primeira clínica de abortos na Áustria, onde o aborto já estava legalizado mas nenhum médico ousava abrir a primeira clínica. Em seguida ela conta igualmente como dirigiu-se para a América Latina onde conseguiu abrir para o IPAS uma clínica de aborto ilegal na capital do México.

D. Como as Fundações decidem as políticas a serem seguidas

pelos provedores de aborto.

O papel decisivo das Fundações que não aparecem ostensivamente fica evidenciado mais adiante quando Kissling se viu envolvida no centro de uma disputa entre alguns sindicatos de provedores de aborto que haviam se formado nos Estados Unidos, cada um defendendo uma política diferente sobre o modo como deveria ser conduzido o negócio do aborto no país. É significativo que a decisão final não veio do consenso entre os próprios envolvidos no assunto, mas do fato que, em um determinado momento, as Fundações, em particular John Rockefeller III, decidiram financiar pesadamente apenas um dos lados envolvidos, o qual acabou vencendo em poucos meses aos demais e contratando a própria Kissling para compor o quadro de seus dirigentes.

E. O verdadeiro objetivo das Fundações

Mais intrigante ainda são as inúmeras vezes em que, em suas mais de sete horas de depoimento, Kissling afirma desconfiar das verdadeiras intenções das entidades que apóiam e financiam o seu trabalho. Feminista e defensora convicta do aborto, Kissling gostaria que as mulheres tivessem o direito de abortar porque deveriam ser elas quem decidissem sobre se devem ou não ter um filho. Mas Kissling estranha constantemente ao longo de todo o texto da entrevista o fato de que, embora as Fundações não a contradigam e a apóiem, elas parecem mais interessadas no objetivo de diminuir a população mundial do que em promover os direitos das mulheres e em particular o direito ao aborto. Kissling afirma que tudo isto é "muito complicado" e que ela própria não consegue entender claramente o que realmente se passa nos bastidores do movimento.

Kissling narra que na Conferência sobre População promovida pela ONU no Cairo em 1994 houve uma mudança mundial de paradigma, quando ficou decidido que a ênfase das questões populacionais passaria do próprio problema do controle populacional para a defesa dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Mas ela própria, que participou da Conferência, passou a perguntar nos bastidores do evento aos seus principais participantes e organizadores:

"Se fosse provado que a promoção dos direitos reprodutivos tivesse como resultado um maior número de bebês, nós ainda continuaremos lutando por estes direitos?"

E é a própria Kissling que afirma em seguida:

"[Naquela Conferência] eu perguntei isto para um mundo de pessoas, e a maioria não queria responder a estas perguntas quando eu as fiz".

Segundo Kissling hoje um dos dilemas de algumas feministas consiste em que elas não sabem se podem acreditar se realmente foi "adotado um novo paradigma", ou se o trabalho delas não está sendo usado apenas como mais uma estratégia disponível entre muitas para promover a redução populacional. Conforme as suas palavras, se, então, na verdade,

"isso tudo não seria parte de um discurso e parte de uma estratégia para reduzir a população".

Kissling conclui uma destas digressões com uma expressão que, sem dizer nada, não poderia explicar melhor como ela vê, ou não consegue ver claramente, a questão:

"É tudo muito complicado".

F. O verdadeiro interesse das Fundações em financiarem o trabalho das CDDs.

Nos final dos anos 70 e no início dos anos Kissling tornou-se presidente das Católicas pelo Direito de Decidir, uma organização que até aquele momento existia quase que apenas nominalmente. Aqui outra vez pode-se percebe a onipresença das Fundações que se dedicam ao financiamento do aborto.

Nas palavras de Kissling, as Católicas pelo Direito de Decidir eram a menor entre as organizações então existentes destinadas à promoção do aborto, mas já contava com um orçamento de um quarto de milhão de dólares por ano, obtido inicialmente junto às mesmas Fundações que haviam financiado alguns anos antes a entrada da IPPF e do IPAS no mundo da rede das clínicas de aborto, com as quais Kissling já havia trabalhado. Mas foi quando as Católicas receberam uma doação simbólica de 20 mil dólares da Fundação Ford que a organização decolou. A doação era insignificante, mas, no dizer de Kissling,

"isto representou um ponto de virada, isto é, o fato de ter recebido uma doação da Fundação Ford. Isto significava que tínhamos sido finalmente admitidas naquele [outro] mundo".

Segundo uma reportagem publicada pelo New York Times em 27 de fevereiro de 2007,

"hoje o orçamento [anual] das Católicas pelo Direito de Decidir, [apenas da seção norte americana], é de três milhões de dólares, amplamente financiado por Fundações bem conhecidas, entre as quais a Fundação Ford".

[Backing Abortion Rights while Keeping the Faith: http://www.nytimes.com/2007/02/27/us/27choice.html?pagewanted=2&_r=1].

A filial mexicana das Católicas pelo Direito de Decidir conta com um orçamento de um milhão de dólares anuais, e a filial brasileira, a maior depois da mexicana, fundada nos anos 90 graças à intervenção da Fundação MacArthur, está situada bastante próxima disto.

Por que tanto interesse em promover esta organização? Kissling em sua entrevista não conta o que aconteceu depois do ponto de virada em que entraram para o outro mundo cuja porta de entrada foi a doação da Fundação Ford. Mas sabe-se que entre os empreendimentos das Católicas nos anos seguintes estiveram a organização iniciada em 1999 de uma campanha mundial chamada "See Change" ("Sé Mude") para destruir a influência da Santa Sé no debate relacionado com o aborto dentro da ONU, exigindo que as Nações Unidas deixassem de reconhecer o Vaticano como um estado independente e o rebaixasse ao status de uma simples organização não governamental como as próprias CDDs. A campanha contou com o apoio de milhões de dólares provenientes da Ford Foundation, da Hewlett Foundation, da Packard Foundation, da Buffet Foundation e outras mais. Terminou dois anos depois quando, apesar de todo o dinheiro envolvido, a Assembléia Geral da ONU confirmou por unanimidade o status da Santa Sé.

http://www.seechange.org/

http://www.c-fam.org/index.php?option=com_content&task=view&id=549&Itemid=102

Atualmente as Católicas pelo Direito Decidir estão desenvolvendo, em parceria com o Centro de Defesa dos Direitos Reprodutivos de Nova York e a Rede da União Européia de Peritos em Direitos Fundamentais, um trabalho de pressão sobre a União Européia para que sejam revogadas várias concordatas entre os países membros e a Santa Sé e possa ser extinto na Europa o direito à objeção de consciência por parte dos médicos que alegam motivos éticos para se recusarem a realizarem abortos. O Centro de Defesa de Direitos Humanos de Nova York, que trabalha em parceria com as CDDs, é uma das muitas outras organizações que tem o apoio financeiro das mesmas Fundações que sustentam o trabalho de Kissling. Segundo as denúncias feitas recentemente por Alberto Monteiro, foi o Centro de Defesa de Direitos Humanos de Nova York a organização que orquestrou cinco anos atrás a legalização do aborto no Nepal, conforme pode ser lido à página 28 do seguinte relatório:

http://www.reproductiverights.org/pdf/pdf_CRRannual2002.pdf

O Centro foi também quem orquestrou, no ano passado, a legalização do aborto na Colômbia:

http://www.hazteoir.org/documentos/InformeAbortoIberoamericaDiciembre2006.pdf

e agora está treinando uma equipe de 15 advogados, em parceria com a Federação Polonesa de Mulheres e a Universidade de Varsóvia, para derrubar a posição a favor da vida do governo polonês junto à Corte Européia de Direitos Humanos:

http://www.crlp.org/ww_eu_poland.html

Mas se Kissling não revela a história do que aconteceu depois de sua entrada no outro mundo pós reconhecimento da Fundação Ford, o interesse que está por trás do apoio milionário a este tipo de iniciativa está claramente delineado na sua entrevista. O problema não é diretamente a Igreja Católica. O problema é a questão da implantação do aborto em todo o mundo de uma forma irreversível.

Segundo Kissling, a grande idéia por trás de seu trabalho, que granjeou o apoio de tantas fundações, consiste no reconhecimento de que enquanto os movimentos se limitarem apenas a legalizarem o aborto, nenhuma conquista poderá ser definitiva. O direito ao aborto somente será definitiva e irreversivelmente estabelecido entre as mulheres quando, mais do que a legislação, puder ser derrubada a própria moralidade do aborto, e nisto a Igreja Católica não passa apenas de um alvo instrumental.

"A moral católica é a mais desenvolvida",

diz Kissling.

"Se você puder derrubá-la, derrubará por conseqüência todas as outras".

Nas palavras de Kissling:

"As pessoas neste país questionaram a legalidade do aborto, mas de tal maneira que não questionaram o tema da moralidade. A incapacidade de tratar esta questão no nível moral é uma grave ameaça para o sucesso a longo prazo do movimento a favor do aborto. Você nunca realmente irá vencer definitivamente se a questão da moralidade for levantada [tal como ela é apresentada hoje]. Se nós, como movimento, tivermos que tratar de moralidade na questão do aborto, nós perderemos, porque o discurso moral é controlado pelos homens e pela religião, e é construído contra as mulheres. O argumento dos bispos diz que o aborto é um assassinato, que abortar é matar e que a vida começa na concepção. Mas esta perspectiva católica é o lugar certo onde começar o trabalho, porque a posição católica é a mais desenvolvida. Assim, se você puder refutar a posição católica, você refutou todas as demais. Nenhum dos outros grupos religiosos realmente têm declarações tão bem definidas sobre a personalidade, quando a vida começa, fetos e etc. Assim, se você derrubar a posição católica, você ganha".

A proposta de Kissling caíu como uma luva para as Fundações que financiam o aborto no mundo. Muitos anos antes, as organizações Rockefeller já haviam passado inúmeras mensagens mais do que contundentes de que o problema populacional jamais seria resolvido sem entrar fundo nas questões éticas. Em fevereiro de 1969, cerca de dez anos antes do ingresso de Kissling na presidência das Católicas pelo Direito de Decidir, Bernard Berelson, naquela época presidente do Conselho Populacional, a entidade que ocupa o lugar de cérebro entre as organizações Rockefeller que se dedicam à questão populacional, havia publicado um estudo muito grande na revista de maior circulação do Conselho, então conhecida como "Studies In Family Planning". O estudo, que ocupava a revista inteira, vinha apresentado pelo título sugestivo de "Além do Planejamento Familiar" ("Beyond Family Planning"). No final do estudo, o autor, falando como presidente da principal das organizações Rockefeller dedicadas ao tema do controle populacional, concluía com as seguintes palavras, que na época fizeram história:

"Em alguns países as pessoas que estão tentando fornecer contraceptivos temporários como meio de controle populacional estão também relutantes em estender a prática à esterilização e firmemente opostas ao aborto, embora novamente a roda da história pareça estar movendo o mundo naquela direção sob a pressão do crescimento populacional.

Quanto em valores éticos estaria uma sociedade disposta a renunciar em favor da solução de um grande problema social?

Estas não são perguntas simples, nem fáceis de se responder".

ENTREVISTA COM FRANCES KISSLING:

PRESIDENTE DAS CATÓLICAS PELO

DIREITO DE DECIDIR REVELA

A HISTÓRIA DA ORGANIZAÇÃO

http://www.smith.edu/libraries/libs/ssc/prh/transcripts/kissling-trans.html

Resenha da entrevista concedida em setembro de 2002, em Washington, D.C.

- Meu nome é Frances Kissling. Nasci na cidade de Nova York em 1943.

Minha mãe foi uma mulher que casou-se, divorciou-se, casou-se novamente e divorciou-se uma segunda vez.

Uma coisa que eu penso ser importante em termos do trabalho que hoje realizo é que minha mãe nunca deveria ter tido filhos. Minha mãe no fundo nunca quis nenhum de seus filhos. Ela teria sido muito mais feliz, teria tido uma vida muito melhor se ela não tivesse ficado grávida de mim e continuado sua gravidez.

Lembro-me que recentemente, um par de anos atrás, fiz uma apresentação no Boston College. A apresentação foi iniciativa do ministério da Igreja Cristã Evangélica no Colégio de Boston, pois Ministério Católico jamais teria me convidado. Uma estudante veio falar comigo depois da palestra e disse: "Você realmente deveria refletir o quanto deveria agradecer à sua mãe por tê-la deixado nascer e não ter feito um aborto". E eu lhe respondi: "Veja, quero contar algo para você. Minha mãe nunca deveria ter tido filhos. Num certo sentido ela teve uma vida miserável porque ela teve filhos. E eu estaria contente em não ter nascido para que minha mãe pudesse ter tido uma vida melhor. Para mim isso teria sido OK. A questão toda é que como feto você não é nada. Você não pode ter esta consciência reflexa de sua própria vida. É como adulto que você pode refletir sobre isto e tomar decisões. Neste sentido teria sido OK não ter vindo a este mundo. Teria sido tudo certo. E se teria sido bom para a minha mãe, teria sido OK".

- Quais foram seus momentos decisivos que fizeram com que você quisesse continuar como uma jovem católica?

- Eu penso que em grande parte isto se deveu aos relacionamentos extremamente positivos que eu tive com as freiras nas escolas. Eu era muito amiga de um grande número delas. Elas eram ótimas.

- O que aconteceu para você ter querido se tornar uma freira quando tinha dezesseis ou dezessete anos?

- Nós éramos ensinadas que havia três estados de vida. O estado mais alto era a vida religiosa, o segundo mais alto depois deste era o casamento, e o terceiro era a vida de solteiro. Foi uma questão de hierarquia. Você sabe, eu sempre quis ficar no topo da hierarquia. Eu nunca me interessei em permanecer na parte de baixo da hierarquia. E se no meu meio social e nos quadros que me eram apresentados o mais alto era ser uma freira, então eu queria o mais alto do que eu conhecia.

- Mas você estudou na Universidade de St. John durante um ano antes de ter entrado no convento. O que estudou ali?

- Literatura inglesa. A mesma coisa que tinha estudado na Escola Nova.

- OK. Fale-me sobre o seu tempo de convento.

- Foi no tempo anterior ao Concílio Vaticano II. Não foi uma época infeliz. Não foi nenhuma experiência desastrosa. Foi tudo absolutamente normal. Não vi nada da multidão de coisas de que hoje falam sobre esta era. Você, por exemplo, tomava banho sem roupa. Sim, é isso mesmo. Não tinha essa de que você tinha que ir para debaixo do chuveiro usando as roupas de baixo. Quase tudo no convento era razoavelmente normal, exceto o fato de que você tinha que usar roupas muito compridas e um véu sobre a cabeça.

- Há mais alguma coisa de seu tempo de convento sobre que teríamos que falar? Você não quer dizer o que as freiras falavam sobre sexo?

- As freiras não falavam nada sobre sexo. Nada mesmo. Nós nunca falávamos sobre isso. Nem mesmo nas aulas sobre saúde. Aliás, acho que nem tínhamos aulas sobre saúde. Nunca vi diagramas mostrando úteros nem nada destas coisas. Estas coisas não existiam. O que mais parecia com isso eram aulas de economia doméstica. Mas tenho uma memória zero de uma única discussão real sobre sexualidade. Não havia nenhuma expectativa de que fossemos sexuais. Não havia razão para falar de sexo. Você sabia o que era adultério. Você sabia o que era luxúria. Você sabia que todos esperavam que ninguém tivesse sexo antes do casamento. E não havia realmente mais nada, nada, nada para se falar sobre sexo. Não havia pílulas anticoncepcionais. Acho que quando estava terminando o colegial eu ainda nem sabia o que era um aborto.

- OK. Como foi então que você decidiu abandonar o convento?

- Sai porque eu não acreditava. Lembro-me que tive algumas conversas com outras irmãs e outras postulantes sobre controle de natalidade, divórcio e segundo casamento. E eu não acreditava no que a Igreja ensinava sobre estas coisas. A idéia de ser uma representante da Igreja institucional ao mesmo tempo em que discordava destas posições não fazia sentido para mim. Eu não concordava com os ensinamentos da Igreja. Na verdade, eu nunca tinha concordado com os ensinamentos da Igreja, mas eu não pensei que isso fosse uma coisa importante até que eu me vi em uma posição onde os ensinamentos da Igreja iriam ser a minha vida. E assim, quando eu deixei o convento eu parei de ir à Igreja. Você pode dizer que a partir deste ponto eu não era mais uma católica ativa. Mas eu mesma particularmente não me considerava mais ser uma católica.

- Você se tornou sem religião a partir daquele momento?

- Sim, exatamente. Mas novamente, pensando de uma certa maneira, eu nunca havia sido uma pessoa piedosa. O meu catolicismo nunca se baseou em ir à missa, rezar o rosário, etc. Não era isso para mim o que significava ser católica. O catolicismo para mim sempre foi mais filosofia do que teologia. Assim, eu deixei a Igreja e fiquei sem religião. E não tive nenhuma raiva. Quero dizer, eu não me senti bem, mas não acho que a Igreja fêz nunca nada de terrível para mim. Na verdade, eu sempre senti e ainda sinto que a Igreja desempenhou um papel muito importante e positivo na pessoa que hoje eu sou. Eu sei que eu tive uma boa educação católica. Meus professores me trataram sempre com carinho. Minha educação foi individualizada. Meus talentos sempre foram reconhecidos e estimulados. Tudo isto foi uma base espiritual e intelectual razoavelmente rica. Mas o problema é que eles estavam errados. Isto é o tipo de coisa do modo como eu a sinto. Sempre repito em minhas palestras que o maravilhoso da Igreja Católica, e também da maioria das religiões, é que elas colocam as grandes questões. Mas dão respostas intoleráveis. Esta é a realidade. Mas eu sinto alegria ao perceber que elas colocam as questões que ninguém mais irá levantar.

Quando saí do convento, não pensei mais sobre o que gostaria de ser. Eu ia ser uma freira. E agora eu não ia ser uma freira. Eu sempre soube que nunca quis casar-me. E eu tenho certeza que isto teve muito a ver com os casamentos de minha mãe. Eu também nunca quis ter filhos. Nisto eu sou como minha mãe, exceto pelo fato de que eu consegui o que ela deveria ter tido. Conversei sobre isso com a minha mãe antes dela morrer. Eu perguntei se ela lembrava de algum período de minha vida em que eu pudesse mostrar algum interesse no casamento, se ela se lembrava, quando eu era criança, nas minhas brincadeiras, se fazia parte das minhas brincadeiras ter um marido ou ter filhos? E ela me respondeu: "Não, isso nunca existiu".

- Quando você ouviu falar pela primeira vez dos movimentos das mulheres?

- Eu nunca fiz parte de nenhum grupo feminista. Eu nunca participei de um grupo de conscientização de qualquer coisa. Eu sabia que havia um movimento feminista. Mas eu sempre me senti poderosa por mim mesma. Quero dizer, um aspecto de minha vida, não gosto muito de usar a palavra poderosa, mas eu sempre senti o poder. Eu sempre senti que era eu que estava de posse de minha vida. Eu estava no poder. Eu nunca fui o instrumento de ninguém. Tive namorados e homens com quem me envolvi. Mas não era nada terrivelmente importante. A maioria de meus primeiros relacionamentos eu não diria que foram sérios ou importantes para mim. Foram mais relacionamentos sexuais do que relações de comprometimento. Por isso nunca precisei me sentir necessitada de libertação. Isso nunca foi um aspecto de minha identidade. Em um certo sentido, eu me tornei parte do movimento pelo direito ao aborto antes que tivesse me tornado parte do movimento pelos direitos da mulher.

E isso foi, novamente, uma coisa acidental. Eu estava morando com um homem. Tínhamos alugado uma casa de verão. Eram os anos de 1969 e 1970. As pessoas de quem alugamos a casa de verão, uma delas era médico. Ele conhecia alguns médicos do Hospital Albert Eisntein que estavam abrindo uma clínica de aborto. O aborto se tornou legal no estado de Nova York em julho de 1970. [O aborto não era ainda legal no restante dos Estados Unidos. Graças ao então governador de Nova York, Nelson Rockefeller, o aborto tinha sido legalizado durante os dois primeiros trimestres da gravidez no nosso estado. Não era necessário justificar razões médicas, psicológicas ou econômicas para consegui-lo, bastava o pedido da mulher. A paciente, além disso, não era obrigada a residir em Nova York para conseguir o aborto]. Os médicos do Albert Einstein estavam procurando alguém que gerenciasse a clínica e pensaram que eu seria boa nisto. O meu senhorio me apresentou aos médicos e eles me contrataram para dirigir a clínica.

Isto foi em 1970, no fim de 1970, na cidade de Nova York, na primeira onda de clínicas de aborto que foram abertas naquela época. Tudo o que estas clínicas faziam era aborto. Quem quer que ali estivesse, só se fazia aborto. Eles ensinavam planejamento familiar depois do aborto, mas ninguém se dirigia àquelas clínicas como um paciente de planejamento familiar. Minha clínica era chamada de Pelham Medical Group em Westchester, New York. Mas a maioria destas clínicas foram fundadas por empresas com fins lucrativos gerenciadas por médicos homens. Foi assim que tudo começou. A Planned Parenthood, [filial americana da IPPF, hoje a maior rede de clínicas de aborto dos Estados Unidos], não quis abrir nenhuma clínica em Nova York. A Plannned Parenthood nunca estiveram na vanguarda dos serviços de aborto nos Estados Unidos, nem na Califórnia, nem em Nova York, no Colorado, no Havaí. Eles só começaram tardiamente. Mesmo depois que o aborto se tornou legal em todos os Estados Unidos em 1973, foi muito difícil conseguir que a Planned Parenthood abrisse uma única clínica de aborto. Eles não queriam ser estigmatizados. Hoje a maioria das clínicas de aborto não tem o volume impressionante de trabalho que tínhamos naquela época. Quando o aborto se tornou legal em meados de 1970 em Nova York, a cidade virou um zoológico. Nova York era um zoológico. Você podia ver mais de uma centena de mulheres esperando para abortar em uma clínica pequena em um dia de sábado. Nenhum médico chegou a trabalhar em período integral, mas havia uma multidão de médicos. Um médico podia trabalhar nisto dois dias por semana, dezesseis horas. Mas as equipes eram full time. Durante os primeiros três anos as mulheres vinham para Nova York de todo o país. As mulheres desciam no aeroporto de La Guardia. Havia um perfeito clima de Oeste Selvagem nos novos procedimentos que haviam sido legalizados. As mulheres chegavam de estados onde o aborto era ilegal. No que lhes dizia respeito, tratava-se de uma coisa ilegal. A mentalidade era da clandestinidade mesmo se a coisa já era legal. Os motoristas de táxi raptavam a pacientes que haviam marcado hora com você e as levavam para outras clínicas onde os donos pagavam para os motoristas por cada cliente que eles traziam. As clínicas foram obrigadas a contratar furgões e limusines para pegarem elas mesmas os pacientes no aeroporto para que as pacientes não fossem seqüestradas. Você também via outras mulheres, mulheres jovens, junto com os seus namorados, que chegavam ao estacionamento às seis da manhã depois de terem dirigido do Kentucky, sem terem dormido à noite, assustadas, não sabendo o que iria acontecer, esperando que a clínica abrisse. Para elas tinha sido a Noite dos Mortos Vivos. Pela primeira vez elas podiam ir a um lugar e conseguir um aborto que fosse legal e estivesse tudo correto. Mas por outro lado, tudo tinha todas as características de uma atividade ilegal. Você sabia que era legal, mas ainda era, em termos de mentalidade, uma coisa ilegal. Porque naquele único lugar era legal, mas em toda a volta, na cabeça de todo o mundo, o mundo, tudo, a questão era resumida em procurar um aborteiro ilegal. Você sentia este clima.

- Quanto tempo você pensou sobre a questão do aborto antes de ser contratada para a clínica?

- Não muito. Eu nunca fiquei grávida. Nunca tive uma experiência pessoal sobre o aborto. Em toda a minha vida só fiz sexo inseguro duas vezes em muitos anos em que eu poderia ter ficado grávida, desde a minha primeira relação sexual até que me esterilizei aos trinta e três anos. Não tive um só momento de indecisão quando me pediram que administrasse a clínica. O que eu pensei foi: "Oh, eu posso fazer isso". Para mim esta foi a primeira experiência de um emprego que tivesse algum significado. Eu estava em uma posição na qual eu poderia fazer algo de bom e algo que percebia que era política, cultural e socialmente importante. E eu seria paga para isso. E eu também era o chefe. Tudo isso soava grandioso, e eu não podia pensar em nada melhor.

Três anos mais tarde, quando foi aprovada a decisão Roe x Wade, que legalizou o aborto em todos os Estados Unidos, eu estava trabalhando na clínica . Nesta altura, toda a minha família já estava envolvida com a clínica. Meu irmão era o motorista do furgão que recebia as mulheres. Minha mãe era a chefe das telefonistas. Minha irmã mais jovens era conselheira telefônica.

- Que impacto a decisão Roe v. Wade teve no seu trabalho?

- Eu trabalhei na clínica Pelham por aproximadamente dois anos quando me tornei a diretora executiva de um lugar chamado Eastern Women's Center, que era uma outra clínica de aborto em Manhattan. E eu estava trabalhando no Eastern Women's Center quando o aborto se tornou legal em todos os Estados Unidos. Eu deixei esta outra clínica no final de 1973, ou no início de 1974. Assim, não pude sentir muito o impacto.

- OK, para onde você foi no final de 1973?

- Saí de férias por um ano. Fui para o Sudeste Asiático com o meu companheiro. Moramos em Panang e viajamos através do Sudeste Asiático por um ano. Foi uma grande experiência. Depois voltamos e quando chegamos fomos contactados pelo IPAS, que naquela época era conhecido como International Pregnancy Advisory Services (Serviço Internacional de Aconselhamento da Gravidez). Passei a trabalhar para o IPAS.

O problema era que quando o aborto se tornou legal em 1973, a família Scaife de Pittsburgh, no caso, a Sra. Cordelia Scaife May, doou um milhão de dólares à Planned Parenthood para que ela começasse a abrir clínicas de aborto em todo o país. Foi esta a maneira que uma parte da Planned Parenthood encontrou para quebrar a resistência da outra parte que não queria entrar no negócio de abrir clínicas de abortos. E, no ano seguinte, mais um milhão de dólares foi doado ao IPAS para que o IPAS começasse a fazer o mesmo serviço principalmente nos países em vias de desenvolvimento. Don Collins fazia parte do esquema. Ele era o responsável por este programa na Fundação Scaife naquela época. Estas pessoas nos contrataram. Eles eram pioneiros independentes, como Lone Rangers, viajando em todo o mundo tentando convencer as pessoas a receberem o dinheiro deles para abrirem clínicas ilegais de abortos. E alguém me recomendou para que me contratassem para trabalhar com eles. Fui contratada, primeiro como consultora, para trabalhar junto ao Partido Radical e ao movimento feminista na Itália.

Naquela época o aborto ainda não era legal na Itália e as mulheres estavam indo para a Iugoslávia para conseguirem um aborto. Havia também uma série de clínicas clandestinas, ilegais, de aborto, que eram administradas pelo movimento feminista e, de uma certa forma, por extensão, junto com o Partido Radical. O Partido Radical foi o partido responsável pela reforma do divórcio e pelo referendo que legalizou o divórcio. E eles foram também o partido que estava patrocinando o referendo de 1975 sobre o aborto legal na Itália. Os homens que me contrataram acharam que, por eu ser uma feminista e por ser uma radical, talvez eu poderia convencer os italianos a aceitarem o nosso dinheiro. Esta foi a primeira vez que eu me vi frente a frente com o lado do problema populacional dentro da questão do aborto. Eu não sabia nada sobre as pessoas interessadas no controle populacional e os interesses internacionais escondidos atrás da questão do controle populacional e nada sobre tudo isso. Eu só conhecia o direito ao aborto.

No fim o Partido Radical decidiu que eles não iriam ficar com o dinheiro americano, porque era uma coisa potencialmente muito problemática. Eles achavam que eles "sabiam" que nós éramos todos da CIA. E mesmo que nós não fossemos, como nos disseram, eles seriam acusados de qualquer maneira de terem recebido dinheiro da CIA, e assim era melhor que eles não ficassem com o dinheiro.

O IPAS em seguida me pediu para ir à Tunísia e ver o que estava acontecendo por ali em termos de aborto. Eles me mandaram também para a Nigéria, e ali passei os que foram os três piores dias de toda a minha vida.

O trabalho seguinte que eu fiz para o IPAS foi abrir uma clínica de abortos na Áustria. Eu não sei se as pessoas que estão hoje no IPAS conhecem mais esta história de sua própria organização, porque todos os que estavam ali nesta época já saíram, morreram ou se aposentaram. O aborto foi legalizado na Áustria em 1976. O IPAS queria abrir uma clínica na Áustria de que ela já era proprietária e que poderia usar como fonte de renda para o trabalho nos países subdesenvolvidos. Eles fizeram primeiro uma parceria com a Maria Stopes da Inglaterra, que já estava abrindo clínicas em todo o mundo, e isto sob a perspectiva do problema do controle populacional. Assim a Marie Stopes da Inglaterra e a IPAS norte americana tentaram abrir juntos uma clínica na Áustria para que eles tivessem uma fonte de renda. Mas o funcionário que administrava a Marie Stopes não teve nenhum sucesso. Foi então que o IPAS me propôs: "Por que você não tenta? Vá e veja se você pode fazê-lo". Eu disse que aceitava e levei comigo um dos dois médicos que tinham sido donos da Clínica Pelham, que também era um excelente homem de negócios. Lá fomos nós juntos para a Áustria para ver se achávamos um médico com quem poderíamos abrir uma clínica de abortos. Lá chegando, encontramos o Dr. [Alfred] Rockenschaub. Era um social democrata, e o diretor da Semmelweis-Clinic, que era um grande, muito grade e prestigioso hospital austríaco. Ele nos explicou que não se faziam abortos na Áustria. Já era tudo legal, mas não havia nenhum serviço disponível. Lembro-me bem da conversa que tive com ele. Nós falamos: "Ninguém está fazendo abortos na Áustria. O que está acontecendo aqui?" Ele respondeu: "Bem, agora que tudo já é legal, ninguém quer encalhar o barco na rocha". Foi assim que começamos a caçar os médicos nas salas de emergência dos pronto socorros e falando com os médicos nas salas de emergência. A teoria do Dr. Hachamovich, que era o médico que tinha vindo comigo da América, era a de que tínhamos que encontrar um médico afundado em problemas. Tínhamos que encontrar alguém que estivesse se divorciando, que precisasse de dinheiro, alguém que estivesse disposto a enfrentar riscos. E assim nós continuamos perguntando e perguntando até que finalmente encontramos alguém a quem pudemos contratar. Em seguida contratamos uma mulher nativa para administrar a clínica. E abrimos finalmente a primeira clínica de aborto legal na Áustria. Nós a abrimos, a administramos durante algum tempo, a mantivemos andando e então nos mudamos, deixando para o IPAS. Eu trabalhei com o IPAS durante um ano e meio fazendo este tipo de coisa. Durante este tempo eu fui também para o México onde ajudei o IPAS a abrir uma clínica, desta vez ilegal, no México. Isto foi entre 1975 e 1976.

- Desculpe parecer ingênua, mas como é que se abre uma clínica ilegal?

- Primeiro você tem que encontrar um médico que queira fazer os abortos. Isto é a primeira coisa, achar um médico. O caso é que o IPAS já tinha este médico esperando no México. Em seguida você aluga um lugar e começa a fazer os abortos.

- Mas o que é que impede o governo de fechar o estabelecimento?

- O que impediu o governo de fechar os provedores de aborto ilegal nos Estados Unidos antes de 1970? Suborno e falta de vontade política. Nunca houve uma vontade política real de parar os abortos clandestinos. Além disso a Igreja Católica não se preocupa que se façam abortos. O que eles não querem é que seja legal. Isto faz parte do pacote.

Enquanto eu estava trabalhando para o IPAS como consultora fui a uma Conferencia em 1976 na Universidade do Tennessee em Knoxville. A Conferência era sobre o aborto. Era uma pequena conferência, talvez houvesse ali uma cem pessoas, cento e vinte pessoas. Um dos propósitos desta conferência era a de fundar uma associação de provedores de aborto. Em um certo sentido aquela conferência foi berço da National Association of Abortion Facilities [Associação Nacional dos Estabelecimentos de Aborto], NAAF. O impulso veio com muita força por parte dos provedores de aborto com fins lucrativos que nos últimos anos haviam entendido de forma crescente que estavam sendo considerados como cidadãos de segunda categoria, em um clima onde a Preterm e a Planned Parethood eram considerados os bons meninos. Agora que finalmente estas organizações haviam começado também elas a fazer abortos, elas estariam fazendo isso por motivos altruístas e não em busca de lucro. Mas haveria também esta "escória médica" que haviam aberto clínicas para fazer aborto por dinheiro. E a Preterm e a Planned Parethood supostamente não queriam ter nada a ver com esta gente. Mas esta gente achava que eram homens dignos a fazer coisas boas. E agora eles queriam sua própria associação profissional. Assim, eles estavam fundando a Associação Nacional dos Estabelecimentos de Aborto (NAAF). E eu estava ali e esta gente gostava de mim. E eles me disseram: "Frances, você não gostaria de participar do Comitê Administrativo?". E eu respondi: "Com certeza, eu vou participar do Comitê Administrativo". Foi deste modo que comecei. Rapidamente começou uma fortíssima pressão por parte da Planned Parenthood e dos outros provedores sem fins lucrativos querendo impor a posição de que a NAAF era uma péssima idéia: "Esta gente tem a política errada e tudo o mais que há de errado, e nós não podemos deixar isto acontecer". Eu trabalhei nesta época para fazer com que pudéssemos descobrir uma maneira de que todos pudéssemos sentar em torno da mesma mesa, através de uma representação proporcional. As clínicas feministas teriam duas cadeiras e as grandes instituições sem fins lucrativos teriam muitas cadeiras e também as grandes instituições lucrativas, sem esquecer dos consultórios médicos.

Mas isto não funcionou. Em um certo sentido os provedores com fim lucrativo estavam com a razão, haviam sido eles que tinham tido a idéia. Eles não eram obrigados a dar a estas pessoas o que elas queriam. Fora com elas.

Assim a estratégia não funcionou e eu saí da NAAF. E todo mundo que não era parte da NAAF formou o que se veio a chamar-se de National Abortion Council [Conselho Nacional do Aborto], NAC. E eu me tornei a presidente do Conselho Nacional do Aborto.

O objetivo explícito do Conselho Nacional do Aborto era trazer de joelhos a Associação Nacional dos Estabelecimentos de Aborto. E foi o que de fato veio a acontecer depois de menos de seis meses de competição entre as duas organizações. A NAAF não cresceu mais, e o Conselho Nacional do Aborto teve acesso a muito mais dinheiro porque nós éramos os bons meninos que conhecíamos os grandes financiadores. John D. Rockefeller III financiou a NAC. Finalmente um comitê, um comitê de negociação, foi estabelecido. As duas organizações se fundiram na Federação Nacional do Aborto (National Abortion Federation) e eu fui novamente nomeada como a primeira diretora executiva.

Exerci o cargo por um ano e meio ou dois anos. Durante este período produzimos um guia do consumidor para pacientes em busca de um aborto e tínhamos um encontro profissional cada ano para treinamento, desenvolvimento e educação. Foi isto o que fizemos naqueles primeiros estágios.

Foi nesta época, no final de 1977, quando morreu Rosie Jimenez. [O movimento a favor da vida havia conseguido que o governo americano não oferecesse mais o aborto como um serviço de saúde pública gratuito através da Medicaid. Como conseqüência, a jovem imigrante mexicana Rosie Jimenez acabou morrendo em um aborto clandestino com uma curiosa por não ter podido pagar uma clínica particular]. E Ellen Frankfort, que era minha amiga e escritora feminista em Nova York me procurou para que eu a pudesse ajudar a escrever um livro a respeito. Ela me perguntou se eu poderia ajudá-la e eu lhe disse que sim.

Fizemos uma viajem até McAllen, o lugar onde Rosie havia morrido. A acusação do movimento feminista era a de que Rosie teria morrido por causa do corte de verbas para a Medicaid. Os relatórios oficiais diziam, porém, que ela não havia morrido por causa do corte de verbas da Medicaid. Ela havia morrido porque era uma jovem americana de origem mexicana, envergonhada por ter engravidado, e que por causa disso havia cruzado a fronteira para praticar um aborto no México com uma parteira. Nós fomos ao local e constatamos que toda a história estava contada errada. Não era isso o que tinha acontecido. Ela havia se dirigido ao próprio médico que na cidade de McAllen havia feito seus dois abortos anteriores, quando estes ainda eram cobertos pela Medicaid, mas que negou o terceiro porque a Medicaid já não pagava mais os abortos. E assim ela se dirigiu a uma parteira ilegal da própria McAllen, fêz um aborto, infeccionou-se e morreu.

Depois de quatro anos de aborto legal e de direito constitucional nos Estados Unidos da América, estávamos diante de uma situação onde parecíamos ter retornado à realidade em que as mulheres pobres que não mais podiam utilizar-se da Medicaid, se elas morassem no estado errado, não mais teriam acesso ao aborto, enquanto que as mulheres ricas o continuariam tendo.

E eu sempre estive do lado, a maior parte das vezes sem nenhuma má vontade para com os demais, dos mais pobres. Como católica, devido à própria missão social da Igreja, sempre tive a noção de que os pobres deveriam ser a nossa primeira prioridade.

E agora eu era a diretora executiva de uma associação que fazia parte de um movimento que não compartilhava exatamente as estratégia que eu pensava que deveria fluir destes valores. Vou tentar explicar-me mais claramente.

Eu não acho que o movimento pelo direito ao aborto seja um movimento racista. Mas eu acho que o movimento pelo controle populacional é não só um movimento racista como também é um movimento classista e eugenista. Mas à medida em que eu mergulhava mais profundamente no estágio seguinte de meu trabalho, que veio a se tornar internacional, passei a perceber o quanto os problemas populacionais passaram a se tornar uma questão importante que não tinha tido lugar algum na primeira parte de minha carreira. Toda a primeira parte de minha carreira foi um comprometimento com o movimento pela saúde reprodutiva. Era um movimento da área da saúde. Era um movimento de direitos. Era um movimento da área da saúde que não tinha nada a ver com questões de controle populacional.

Assim, de qualquer forma, naquele momento eu decidi que deixaria a Federação Nacional do Aborto e iria trabalhar com Ellen no livro sobre a morte de Rosie. Nós escrevemos o livro. O livro foi um completo fracasso, como é o caso da maioria dos livros na América. Mas foi um livro muito bom. Sim, foi um livro excelente, mas não vendeu. Isto acontece. Bem, você sabe, houve também os que disseram que não vendeu porque a mensagem dos pobres não pega na América. Os americanos não se preocupam com os pobres, eles se preocupam com os seus direitos e suas crianças e seus filhos.

Logo depois que o livro ficou pronto surgiu uma mulher de nome Patricia McMahon, que em um certo sentido foi a segunda diretora executiva das Católicas pelo Direito de Decidir. Patricia McMahon era uma mulher irlandesa da classe trabalhadora. Esteve na Irlanda ente 1976 e 1977, e ficou abismada com o estado das mulheres irlandesas e da contracepção na Irlanda, e voltou para a América querendo fazer alguma coisa a respeito. Ela entrou em contato com a Fundação Ms e disse: "Quero fazer algo a respeito". E eles responderam: "Existe aí um grupo chamado Católicas pelo Direito de Decidir. Por que não telefona para elas?". Ela telefonou e falou com as Católicas. Não só, mas também convenceu-as a contratá-la como a primeira diretora executiva em tempo integral. Elas a contrataram, mas não tinham dinheiro. E mesmo assim Patrícia começou a construir uma forte diretoria. Foi assim que ela me encontrou e me perguntou se eu não queria fazer parte da diretoria das Católicas pelo Direito de Decidir.

Este foi o momento decisivo da minha vida. E a questão era, seria eu católica? Sou católica? Eu não ia à Igreja, eu não acreditava nos ensinamentos da Igreja sobre sexualidade, mulheres, reprodução, mas seria eu ainda assim uma católica? E assim começou uma batalha dentro de mim. Eu resolvi pensar a respeito.

Eu sempre senti que o movimento do direito ao aborto se ressentia de uma dimensão moral, que o trabalho nas clínicas consiste em ver a política do preto e branco, é legal ou não é legal. Não se discute se é certo ou errado, quando é certo e quando é errado.

Assim, de qualquer forma, fiquei muito interessada na proposta porque as Católicas pelo Direito de Decidir tinham um espaço onde as dimensões morais dos problemas poderiam ser exploradas. Eu também sempre acreditei que as mudanças sociais ocorrem na periferia, nas margens, nunca no centro. Do ponto de vista da estratégia política eu não acredito que se possam promover grandes mudanças sociais fazendo parte do establishment. Eu acho que se você quer realmente provocar uma mudança é muito melhor fazê-la a partir das margens do que se você tentar fazê-lo procurando ser popular no centro.

E assim eu resolvi que iria reentrar nos meios católicos, no mundo e na comunidade do catolicismo.

- Você não tinha permanecido fora da Igreja por quinze ou dezesseis anos?

- Isso mesmo, desde os anos 1963 ou 1964, até 1978 ou 1979, de que estamos falando agora.

E em primeiro lugar eu me considero, e muitas pessoas dizem o mesmo, eu sempre me considerei a mim mesma como uma pessoa espiritual. No que eu acredito? Eu posso dizer que eu acredito que esta vida tem um sentido. Eu estou aqui para fazer alguma coisa. Eu tenho uma obrigação de fazer alguma coisa. E isto é uma crença, porque a vida poderia ser totalmente sem sentido. Eu acredito, não por causa de qualquer motivo racional, que há um sentido além do sentido que eu dou à vida. Isto é um início. De um certo modo, isto é um ponto de partida. Quero dizer, se você acredita nisto, você passa a acreditar que há alguma coisa fora de cada um de nós como indivíduos. O que nos dá este significado? Se o significado não vem de dentro de mim, então ele vem de onde? Então este é um ponto de partida no caminho de reestabelecimento da fé a partir do início, em vez de ser a partir do Catecismo: existe um Deus, e o resto que você sabe. Mas eu acredito que no fim você volta ao Catecismo básico.

Em segundo lugar, eu trabalhei em outro ponto. Na medida em que eu trabalhei nas Católicas pelo Direito de Decidir, eu fiquei exposta à Igreja Católica de hoje, em contraposição à Igreja Católica pré Vaticano II que eu conheci, e eu descobri que eu sou mais católica que a maioria dos católicos progressistas que eu pude conhecer.

- Certo. Convidaram você para fazer parte da diretoria das Católicas pelo Direito de Decidir. E como bem disse, sua decisão era que sim você era uma católica. Mas eu queria que você desenvolvesse aquela parte de que você estava particularmente interessada em aceitar porque o trabalho levava a sério as implicações morais do aborto.

- Correto. Eu penso que se olharmos historicamente para o movimento do direito ao aborto nos Estados Unidos sempre houve algum tipo de uma distinção nítida entre os aspectos legais e morais. E assim sendo o movimento pelo direito ao aborto concentrou-se muito na questão do direito, e nada na questão da moralidade.

Agora você sabe que isto mudou nos anos 80. Porém com certeza o estabelecimento de um movimento contra o aborto foi um fenômeno católico. Ele foi fundado pelos bispos católicos e concentrou-se muito na questão de que o aborto era imoral porque você estaria tirando a vida do feto.

Fora isso, se você pensar historicamente sobre a relação entre a mulher e a moralidade e olhar a questão através de uma lente feminista, a moralidade e os conceitos da moralidade sempre foram usados contra as mulheres. Portanto você nunca realmente irá vencer como mulher se a questão da moralidade for levantada. Se nós, como movimento, tivermos que tratar de moralidade na questão do aborto, nós perderemos, porque o discurso moral é controlado pelos homens e é construído contra as mulheres.

Assim, em primeiro lugar, existe uma questão simples. Algo é considerado legal ou ilegal, e a moralidade não é o fator determinante.

Em segundo lugar, os sistemas morais são predominantemente utilizados contra as mulheres.

E agora o terceiro elemento é a religião, que é mais intimamente ligada à moralidade do que aos direitos.

Todas estas coisas contribuem umas com as outras de tal maneira que as pessoas não questionem o tema da moralidade.

Assim, neste contexto, tanto em termos de minha formação católica, como em termos de minha experiência em clínicas de aborto, eu acreditei então, e agora acredito mais firmemente, que a incapacidade de tratar esta questão no nível moral é uma grave ameaça para o sucesso a longo prazo do movimento a favor do aborto. Portanto, as Católicas para o Direito de Decidir pareciam ser o espaço ideal onde estas questões poderiam ser tratadas não apenas como questões Católicas, mas também como questões morais mais amplas. Eu penso que em alguns sentidos, mesmo nas suas origens, nas mentes das três mulheres que fundaram as Católicas pelo Direito de Decidir, elas nunca chegaram a imaginar que as Católicas viessem a engajar-se tão profundamente no discurso moral como elas são hoje.

O modo como as Católicas pelo Direito de Decidir tratavam destes temas em seu período inicial de fundação, digamos, desde 1973 até o momento em que eu me envolvi com elas, que foi quando começou o verdadeiro envolvimento com as questões morais, a questão do aborto era vista como um problema de consciência, do direito dos católicos em discordarem, e este tipo de coisas. Tratava-se do direito à liberdade religiosa.

Quando eu entrei para a diretoria das Católicas, eu estava trabalhando há dois anos em uma Fundação chamada o Projeto Jovem, eu era a diretora executiva desta organização em Washington D.C. A Fundação fazia doações a organizações de base em toda a América que estivessem envolvidas com mudanças sociais. Eu gastei um ano viajando em várias regiões onde procurava educar estes movimentos sobre como relacionar-se com as pessoas de origem latina e hispânica e aconselhando, por outro lado, a Fundação sobre a atuação destes movimentos. Com isto pude aprender como as Fundações financiadoras trabalham. Quero dizer, estes dois anos tornaram-me a arregimentadora de fundos bem sucedida que sou hoje porque eu aprendi, do lado de lá de trás da mesa, do lado de onde se decide para onde irá ser doado o dinheiro, o que estas Fundações querem saber, como dizê-lo e como explicar do que se trata cada projeto. Eu consegui desenvolver um sentido de igualdade nas relações entre o doador e o receptor de maneira a trabalhar nesta estrutura de um modo que você não pareça um mendigo pedindo dinheiro. Eu sei como dar às Fundações a chance que elas procuram para que elas possam investir o seu dinheiro com sucesso. Sem mim, vocês não conseguirão o sucesso que desejam. O doador não pode ter sucesso se não há pessoas que possam fazer um grande trabalho ao receber o dinheiro. Assim, você sabe, eu desenvolvi toda uma filosofia em torno deste ponto.

Foi assim que Pat McMahon, que foi a diretora executiva das Católicas pelo Direito de Decidir desde 1978 até 1982, aproximadamente, conseguiu tirá-la do nada e conseguiu a primeira doação da Fundação Sunnen em St. Louis, Missouri. E a Fundação Sunnen, através dos primeiros anos das Católicas pelo Direito de Decidir, aquele período de tempo que se estende provavelmente até o fim dos anos 80, foi uma das principais financiadoras das Católicas pelo Direito de Decidir, e uma financiadora controvertida, porque a família Sunnen, que eram as controladoras da Fundação, estavam muito fortemente comprometidas com o conceito de que havia pessoas em excesso em nosso planeta. Uma perspectiva do controle populacional global, mesmo em se tratado de uma Fundação que investia basicamente na área doméstica e no direito ao aborto em seus termos próprios.

Isto é um outro problema muito complicado.

Quando você examina os tipos de caracteres que desfilam ao longo da história deste movimento, você encontra em primeiro lugar pessoas que são estritamente partidárias dos direitos reprodutivos. Pessoas que acreditam no direito de escolha da mulher, que são comprometidas com o aborto por causa dos sofrimentos e dos direitos da mulher e tudo o resto.

Mas há outros que entraram neste movimento e que estão muito mais preocupados somente com uma outra coisa, que há um excesso de pessoas em todo o mundo e com os efeitos que este excesso de pessoas irão causar no planeta, nos Estados Unidos, na economia, nas conseqüências negativas individuais deste excesso de pessoas no bem estar individual de cada um. São pessoas que entraram para o movimento somente porque elas querem ver menos gente.

Mas, geralmente falando, eu penso que as pessoas e as organizações que estão interessadas no aborto tendo como motor a redução da população não fazem isso como uma consciência feminista. Eles não vêem o mundo e os problemas do mundo através da ótica do feminismo. Eu lembro que na Conferência do Cairo passei o tempo conversando e fazendo perguntas a muita gente. Você sabe, a Conferência do Cairo foi decisiva neste ponto porque foi um ponto de viragem do paradigma "existe-um-execesso-de-gente", "nós-temos-que-estabilizar-a-população" para o paradigma em que a chave está na educação da mulher e no em estar da mulher. Eu perguntei para um mundo de pessoas, e a maioria não quis responder estas perguntas quando eu as fiz, se fosse provado que a educação das mulheres tivesse como resultado um maior número de bebês, nós ainda continuaríamos lutando pela educação das mulheres? Você sabe, o pensamento óbvio que está por trás desta pergunta é: "A educação das mulheres é apenas um meio para se alcançar um outro fim ou ela é um valor e um fim em si mesmo?

Então na verdade a questão é outra. Existiu realmente uma mudança de paradigma no Cairo ou estamos falando apenas no nível de táticas e estratégias? Entregue as pílulas para as mulheres, despeje-as com aviões se necessário, mas entregue as pílulas. Esta era a abordagem de Rei Ravenholt, a idéia de que se você disponibiliza a tecnologia as pessoas irão utilizá-la. Mas agora a maioria das pessoas acredita que há um limite para a eficiência desta estratégia. Esta estratégia irá conseguir 70% do objetivo esperado de reduzir o tamanho e o crescimento da população. Mas você ainda tem o problema dos outros 30%, e este é um grande problema, porque ainda é visível a necessidade de reduzir a população em algumas partes do mundo. Na Índia, por exemplo. Na África eu creio que há menos necessidade porque ali a AIDs já está fazendo o serviço, não é o que eu penso, mas é o que a elite populacionista diria. Mas de qualquer maneira existe uma necessidade de uma contínua redução populacional na Índia, na China e em outros lugares. E a entrega de anticoncepcionais ajudou, mas não fêz o serviço completo. Assim a questão é, o que mais é necessário acontecer para alcançar o objetivo desejado?

- Desculpe, de que objetivo está falando?

- Diminuir ainda mais as taxas. Convencer as pessoas a ter menos filhos.

Existe uma aceitação geral no campo populacional de que é necessário haver outras estratégias e outras técnicas, incluindo a educação das mulheres, para diminuir a população. O exemplo de Kerala, na Índia, é o exemplo geral que todo mundo cita: para cada dois anos a mais de educação, cada mulher irá adiar mais uma gravidez.

Então isso é tudo parte de um discurso e parte de uma estratégia para reduzir a população. E a questão central que está na minha mente é, como feminista, a questão do quanto realmente ocorreu no Cairo uma mudança de paradigma e do quanto isto não seria apenas um aumento do número de estratégias disponíveis para alcançar de novo o mesmo objetivo de reduzir o problema populacional.

Hoje um dos dilemas para muitas pessoas do movimento feminista, feministas que advogam pela saúde das mulheres e advogam pela saúde reprodutiva, é que nós não acreditamos que as pessoas da Agência Internacional do Desenvolvimento adotaram realmente nenhum novo paradigma, e agora nós nos tornamos as pessoas que estão pedindo financiamento para eles. É tudo muito complicado.

- Quando você decidiu entrar para a diretoria das Católicas para o Direito de Decidir em 1982, como era o discurso naquele momento em ambos os lados?

- Nós estávamos nos estágios iniciais, muito, muito, muito iniciais da estratégia das multidões anti aborto. Era o período em que os protestantes conservadores decidiram que a crença que eles tinham tido, isto é, que era errado envolver-se em política, que um protestante conservador, um evangélico ou um fundamentalista deveria em sua vida separar-se do demônio, o que incluía a política, um mundo que não poderia estar no mundo de uma pessoa de fé evangélica. E de repente chegou o momento em que eles começaram a apavorar-se pelo modo como os seus valores haviam sido erodidos pelos direitos das mulheres, pelo direito ao aborto, pelo sexo livre e tudo o mais. Tudo o que eles tinham de mais caro estava desmoronando, e assim eles não tinham outra saída a não ser derrubar sua idéia de manter-se longe da política e começar a envolver-se na política. Isto estava começando justamente naquele período.

- Então, quando você assumiu em 1982, descreva-me como era a organização das Católicas em 1982.

- Em 1982 havia uma equipe que consistia na editora da revista Conscience, uma organizadora de colaboradores, a diretora executivo, que acabei sendo eu, e uma secretária, uma ou duas secretárias. Talvez houvesse duas secretárias administrativas. Esta era a equipe. E o orçamento era, o orçamento de toda a organização, em torno de 250 a 275 mil dólares por ano. Era isto o que o grupo era. Para o ano de 1982, éramos certamente a menor de todas as organizações de direitos reprodutivos.

- Pode ser, mas de onde vocês tiravam um quarto de milhão de dólares por ano?

- Da Fundação Sunnen, da Fundação Ms., da Fundação Playboy. Quando eu entrei, elas tinham acabado de receber sua primeira doação da Fundação Ford, cerca de 20 mil dólares, para entrevistar as mulheres e produzir um estudo sobre como elas se sentiam após deixarem a clínica de abortos. E com certeza isto representou um outro ponto de virada, isto é, o fato de ter recebido uma doação da Fundação Ford. Isto significava termos sido finalmente admitidas naquele mundo.

- OK. Quanto de coragem era necessário para ser uma Católica pelo Direito de Decidir no final dos anos 70 e no início dos 80?

- Provavelmente menos do que é necessário hoje, porque tudo isto era antes que João Paulo II tivesse sido Papa. Os bispos católicos eram muito ativos nestas questões, mas realmente não tinham prestado muita atenção às CDDs.

Uma das realidades entre as Católicas pelo Direito de Decidir era que entre os grupos de católicos progressistas, nós realmente estivemos entre os primeiros. As Católicas pelo Direito de Decidir vieram antes que existisse uma Conferência pela Ordenação das Mulheres, e as Católicas já existiam antes que houvesse um movimento pela reforma da Igreja e antes que houvesse um movimento pelos direitos homossexuais na Igreja. Os elementos progressistas da Igreja Católica estavam começando a se organizar no mesmo período em que as Católicas estavam também se organizando.

Uma das coisas que é parte da estratégia de tornar a identidade das Católicas pelo Direito de Decidir mais explicitamente católica foi a idéia de testar se havia ou não havia um número significativo de líderes católicos que estariam prontos a assinar uma declaração, uma declaração moderada, sobre o aborto. Estas pessoas teriam coragem de sair, mesmo que apenas um pouquinho, de dentro do seu armário? Foi assim que Dan Maguire, sua então esposa Marjorie e eu, esboçamos uma declaração intitulada "A Declaração Católica sobre o Aborto".

Nós começamos pedindo às pessoas que a assinassem. Conseguimos um número razoável de pessoas, provavelmente um total de cinqüenta pessoas assinaram a declaração no primeiro ano. Eram todos teólogos liberais católicos. Algumas eram freiras, havia um sacerdote ou dois, a maior parte pertencia à vida acadêmica, porque a declaração teve sua partida dada em uma conferência acadêmica. Em seguida decidimos publicar um anúncio a respeito no jornal New York Times. A declaração era basicamente simples. A parte que foi mais criticada dizia que havia mais de uma posição católica legítima sobre a questão do aborto. Ela mencionava as pesquisas de opinião públicas. As pesquisas mostravam que os católicos eram a favor do aborto. A declaração também chamava os bispos a abrir um diálogo sobre a questão do aborto, e dizia que a questão do aborto deveria ser abordada dentro da comunidade católica de modo que as pessoas pudessem expressar-se a respeito e trabalhar com a mesma. A declaração também exortava os bispos a não penalizar ninguém, que a penalização dos católicos que eram a favor do aborto não era o caminho a ser trilhado. Isto é essencialmente o que a declaração dizia. Nenhuma pessoa que tivesse assinado a declaração estaria assinando que sua posição seria a favor do aborto. A declaração não dizia que a posição a favor do aborto era a posição correta. Ela simplesmente enumerava uma série de fatos e pedia o diálogo em uma abordagem não punitiva.

O Vaticano não fêz nada. Ninguém fêz nada. Quero dizer, houve muito pouca reação. Conseguimos uma pequena cobertura na imprensa. Depois das eleições, o Vaticano escreveu para os superiores das ordens religiosas que tinham membros que haviam assinado a declaração e disse: "Vocês devem fazer com que estas mulheres se retratem".

Existe um órgão dentro do Vaticano chamado Congregação para os Religiosos e Institutos Seculares. Este órgão mudou de nome, mas na época o nome era este. E o órgão era encarregado de todas as ordens de freiras, os Jesuítas e as Misericórdias, os homens, as mulheres e tudo o mais. E assim ela escreveu para os superiores destas comunidades, as madres superioras, as secretarias gerais ou como queira chamá-las, e disseram: "Estes membros da sua comunidade assinaram uma declaração que apareceu no New York Times, e isto é contra os ensinamentos da Igreja, e nós queremos que chamem tal irmã e lhe digam que retrate sua assinatura".

E assim aconteceu que havia vinte e quatro irmãs, havia na realidade vinte e cinco irmãs que a assinaram, mas o Vaticano somente identificou vinte e quatro. Havia uma que eles não desconfiaram que fosse uma irmã. E havia também dois irmãos e dois sacerdotes que também haviam assinado a declaração. Para resumir, os padres e os irmãos se retrataram. Eles me chamaram pelo telefone. Mandaram cartas para mim dizendo que eu retirasse seus nomes da declaração. OK. Mas as mulheres não quiseram se retratar, e assim seguiu-se uma guerra de dois ou três anos e negociações com o Vaticano sobre o que iria acontecer. E tudo foi muito, muito público. Uma das coisas sobre a organização e os esforços para reformar a Igreja Católica é não deixar as coisas acontecerem em segredo. Nós sabíamos que o New York Time era o nosso melhor amigo. Você sabe, a batalha pela reforma da Igreja Católica tem que ser feita nas páginas dos jornais e na TV e no rádio porque nós não temos acesso aos mecanismos da Igreja, e assim temos que usar os mecanismos seculares para conseguir veicular a mensagem.

Assim tudo isso foi colocada nas páginas de todos os jornais dos Estados Unidos. As freiras foram identificadas. Houve conferências de imprensa. Houve de tudo, e assim tudo isso foi um momento enormemente importante. Foi provavelmente o momento de coroação da solidificação do reconhecimento que os católicos eram a favor do aborto. Você sabe, quando as Católicas pelo Direito de Decidir começaram, todos acreditavam que os católicos não eram a favor do aborto, e que os católicos faziam o que os bispos lhes diziam para fazer. E assim o processo de fundação das CDDs até 1984 foi um processo de tornar tudo isso visível e tornar conhecido para todo mundo que nós católicos fazemos o que queremos.

Eu penso que sempre fêz parte de nossa estratégia reconhecer que há pessoas a quem você pode alcançar e pessoas a quem você não pode alcançar. Nós sempre estivemos conscientes, desde o início, que há muito mais pessoas ambivalentes na questão do aborto do que foi geralmente reconhecido pelo movimento a favor do aborto. Durante anos nós sempre achamos que estes eram em torno de 75%. Assim, sempre fomos a maioria. A realidade é que cerca de 20% das pessoas são decididamente a favor do aborto e 10% são decididamente anti aborto. Este número aumentou. Mas o resto, os outros 60%, eles são a favor do aborto. Eles não são decididamente a favor do aborto, para eles o aborto é uma coisa terrível, mas eles não gostariam que fosse ilegal, eles são ambivalentes. E a missão das Católicas pelo Direito de Decidir é alcançar estas pessoas.

- Sim, e uma das coisas que me fascinaram na Internet foi toda a questão da animação, em que momento a alma é introduzida, toda a questão do início da vida e de quando um feto se torna bebê.

- Bem. nós tratamos disto, nós somos as pessoas no movimento que temos que dizer que você deve tratar da questão do feto. Você sabe, nós nunca ganharemos este negócio se nós deixarmos os fetos com eles.

- Eles tem imagens dos coraçõezinhos batendo, dos dedinhos, e outras coisas assim.

- Você sabe disso. Quando você contrapõe um feto contra uma mulher a mulher perde. Você sabe disso. Bebês contra mulheres, os bebês vencem. Sempre. Então nunca pareceu para nós que você poderia ignorar isso. Agora, com certeza, como católicas, nós somos mais forçadas a tratar com a questão do feto, porque a apresentação pública do argumento dos bispos diz que o aborto é um assassinato, abortar é matar, a vida começa na concepção. Nosso trabalho tem sido colocar esta questão em primeiro plano desde uma perspectiva católica. Você também sabe disso. A perspectiva católica é um bom lugar para começar, tanto em termos filosóficos, sociológicos como teológicos, porque a posição católica é a posição mais desenvolvida. Assim, se você puder refutar a posição católica, você refutou todas as demais. OK. Nenhum dos outros grupos religiosos realmente têm declarações tão bem definidas sobre a personalidade, quando a vida começa, fetos e etc. Assim, se você derrubar a posição católica, você ganha.

- E assim esta declaração de 1984 trouxe tudo para a arena pública.

- E também, novamente, mostrou a diferença que há entre homens e mulheres, porque aqui você tem quatro rapazes que imediatamente fizeram o que o Vaticano lhes ordenou que fizessem e estas vinte e quatro mulheres que disseram: "Não, nós não vamos nos retratar".

O caso foi que o Vaticano perdeu um grande tempo, eles perderam um grande tempo em termos de sua autoridade, porque eles não conseguiram obter o que eles queriam. E um par delas eram teimosas. As duas que eram de West Virginia eram as melhor conhecidas. Foram elas que escreveram o livro "Não Voltar Atrás", Barbara Ferraro e Patricia Hussey. Elas foram asa únicas que disseram desde o início: "Olhem, não somente nós não queremos dizer a eles que aceitamos os ensinamentos da Igreja, como também queremos dizer a eles que nós somos a favor do aborto".

No final a comunidade as apoiou porque a questão, novamente, era uma questão de poder. A questão era quem estava no controle, a comunidade ou o Vaticano.

O Vaticano, pela lei canônica, não tem o direito de demitir uma irmã de uma ordem. É a ordem que demite a irmã. O Vaticano pede à ordem que demita a irmã. Se a ordem diz não, o Vaticano tem um recurso, mas o recurso não é demitir a irmã, o recurso é demitir a superiora. Assim a batalha passou para um outro nível além do nível do aborto. A batalha foi a das comunidades religiosas afirmando sua autoridade dentro do direito canônico de decidir quem é membro de sua comunidade e quem não é membro de sua comunidade. No fim as superioras acabaram dizendo: "Nós não vamos demitir as irmãs". A superiora das irmãs mostrou o pescoço, desafiou o Vaticano. E ela venceu. Todas venceram. Quando tudo estava acabado e a comunidade havia vencido, as duas irmãs que deviam ter sido demitidas pediram dispensa e agora não são mais freiras. São apenas duas mulheres administrando uma casa de desabrigados em West Virginia.

- Certo, E o que significou para a sua organização o fim desta discussão?

- Muito mais visibilidade, muito mais discussão sobre o tema do aborto, muitos mais aliados para a organização. Para a maioria de 90%, tudo terminou positivamente, para uma minoria de 10% houve um ressentimento de quem achou que colocamos as irmãzinhas em apuros. Nós teríamos usado delas. Mas não foi isso, foi tudo muito importante e um excelente momento.

FAÇA PARTE DA FAMÍLIA DE DEUS

PORQUE HÁ UM SÓ DEUS, E UM SÓ MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS, JESUS CRISTO HOMEM (1a. Timóteo 2:5)

Deus se importa com a sua vida desde o útero da sua mãe! Daí a ABRACEH se importar com a vida humana da concepção até a morte natural (Salmos 139).

Deus o(a) criou a Sua imagem e semelhança: macho e fêmea (Gênesis 1:26-27).

Imagem e semelhança comprometidas: Deus pode restaurá-las de forma que você resgate a sua identidade conforme Ele o(a) criou: macho-homem e fêmea-mulher.

Cuide da sua mente (Romanos 12:2) para não transformar o mal em bem e o bem em mal (Isaías 5:20).

Viva a Palavra de Deus de forma que você herda o reino de Deus (1a. Corintios 6:9-11).

CONDIÇÃO PARA DEUS SARAR A NOSSA NAÇÃO: "E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra."(2a. Crônicas 7:14)

"CRÊ NO SENHOR JESUS E SERÁS SALVO, TU E A TUA CASA" (Atos 16:31)